No último dia 27, ocorreu uma importante reunião no gabinete do prefeito Reginaldo Fernandes Luis. Onde foi tratada a volta do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, denominado: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Que foi desativado em 2014, funcionando no município por cerca de 8 anos, conforme matéria publicada no jornal Gazeta de Itaiópolis em abril de 2014, noticiando lamentavelmente o fim do serviço no município.
Na ocasião se fizeram presentes o prefeito de Itaiópolis, vice-prefeito, o secretário da Saúde Benedito Bento Marques; as técnicas em enfermagem e socorristas: Maria Assíria Martins, Mariele Rosângela Weinert, Ivete Hones e Hélio Kowalczuk (condutor socorrista). Sendo estes, ex-funcionários do SAMU que estão na luta juntamente com a administração municipal pela reativação do serviço ao munícipe itaiopolense.
Conforme ofício encaminhado à regulação estadual do SAMU esta reativação é possível sim. Mas, no entanto, ficou combinado que será enviado um novo ofício ao gerente Estadual do SAMU – Carlos Eduardo Pereira Carpes, para que o mesmo conforme possibilidade, venha até nosso município para uma reunião.
História do SAMU em Itaiópolis
O SAMU é um programa que atuou em Itaiópolis quase 8 anos, iniciando suas atividades no mês de fevereiro de 2006, trazendo aos munícipes um serviço de atendimento clínico e de traumas, transportes e transferências inter-hospitalares, serviços estes prestados com qualidade, responsabilidade, agilidade e ética por uma equipe de profissionais aptos e capacitados para cada função.
Durante esses anos de programa ativo, o SAMU do município construiu uma sede/base própria e adquiriu uma ambulância 0 km toda equipada para os mais diversos tipos de atendimentos, conquistas estas com recursos que eram disponibilizados exclusivamente ao programa SAMU. Segundo a enfermeira, inúmeras pessoas utilizaram os atendimentos, diversas vidas foram salvas e algumas das pessoas que ganharam atendimento estavam presentes na sessão.
O programa SAMU era mantido por verbas federais e a menor parte, por verba municipal. Em março de 2013 veio a notícia de que o SAMU de Itaiópolis seria devolvido ao estado e que o programa não seria mais necessário aos munícipes. Após feitos alguns questionamentos a essas autoridades, a principal alegação repassada aos funcionários e a população, era de que o programa gerava despesas ao município e que Itaiópolis não teria mais como manter o SAMU ativo. Na época, a carta de devolução da ambulância foi encaminhada e aceita pelo estado, decretando assim, o triste fim do SAMU em Itaiópolis.
Enfermeira foi a Câmara em 2015 pedir ajuda para reativação do SAMU
Conforme reportagem da Gazeta de Itaiópolis na edição de 12/12/1015, a enfermeira e técnica de enfermagem, Maria Assíria Martins, na época, pertencente ao corpo clínico do SAMU, foi a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Itaiópolis do dia 07/12/15, e fez uso na palavra livre, trazendo em mãos, um abaixo assinado solicitando a reativação do SAMU, o qual ao final do pronunciamento entregou ao presidente da casa.
Iniciando seu pedido clamou: “Estou aqui para pedir ajuda. Ajuda esta, não direcionada a minha pessoa, mas sim para toda a população itaiopolense”,
venho pedir encarecidamente à vocês vereadores de nosso município, para que juntamente com demais autoridades, revejam e repensem sobre esta situação, Itaiópolis precisa do SAMU ativo, nossa população precisa e merece um atendimento qualificado de APH (Atendimento Pré Hospitalar)”, afirmou a enfermeira Maria naquela sessão.
A finalizar seu pedido aos vereadores da época, rogou: “…vamos parar e pensar um pouco melhor, rever certas decisões que acreditamos que foram tomadas precipitadamente”, finalizou.
O que é o SAMU
O sistema SAMU possui seu funcionamento dividido em equipes, conforme descrito abaixo:
- Equipe de Suporte Avançado de Vida: é composta por um médico, um enfermeiro e um motorista, que trabalham sob escala definida, em revezamento, a fim de manter o serviço disponível 24horas por dia. Esta equipe somente é deslocada para atendimento quando há risco imediato à vida, situação definida pelo médico regulador ou coordenador do SAMU.
- Equipe de Suporte Básico de Vida: é composta por um auxiliar de enfermagem e um motorista que se revezam sob a mesma regra descrita no tópico anterior. Neste caso, a equipe também é acionada sob liberação do médico regulador ou coordenador, em situações em que não haja risco iminente à vida.
- Equipe de regulação médica: esta é a equipe responsável por distribuir as demais equipes em atendimento adequado à população. O principal responsável é o médico regulador e em sua ausência, o médico coordenador. Todas as solicitações de atendimento são triadas por técnicos e auxiliares de enfermagem, que na seqüência, encaminham para os médicos responsáveis.
