Conheça a história de Abelardo Luiz de Oliveira, o precursor da comunicação em Mafra

Por Assessoria - 06/09/2017

* Colaboração da jornalista Viviane de Oliveira

Nas homenagens ao centenário de Mafra não poderia faltar a história do senhor Abelardo Luiz de Oliveira, que teve grande importância para a comunicação na cidade de Mafra e região, entre outras ações importantes realizadas na cidade. São memórias que pertencem ao centenário de Mafra.

Natural de Joinville, filho de Rodolpho José Carlos de Oliveira e Ambrosina Petrovilha de Oliveira. Como jornalista, Abelardo foi a segunda geração a atuar na comunicação, vocação que herdou de seu pai, pioneiro do Jornal “O Regional” em 1922.

Mais tarde fundou mais cinco jornais que circularam por Mafra, dentre eles: O Correio de Mafra (1932), A Nação (1933), O Trabalho (1934), O Jornal de Mafra (1947) e em 1956 fundou o jornal O Noticiário da Fronteira. Todos com edição semanal, sendo este último mais tarde com edições diárias.

Casado com Iracema Machado de Souza tiveram seus filhos Abelardo Luiz de Oliveira Filho, Jeny, Jacy e Juracy de Oliveira, os quais também colaboravam nas tarefas dos jornais e gráfica que a família Oliveira possuía.

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Além de ser proprietário dos jornais que circulavam por Mafra e região, Abelardo também participou de muitas outras atividades na sociedade com ações na política e no esporte. Constam em alguns documentos resgatados pela família que Abelardo enviou mensagens ao governo do Estado de Santa Catarina, ao Governador José Boabaid, em exercício no ano de 1948, pleiteando a elevação de Itaiópolis à categoria de comarca participando da comitiva que foram à capital.

Colaborou também com o jornal mensal do colégio Barão de Antonina “O Idealista”, dedicado aos interesses dos alunos da época, em 1956.

Relatam alguns encadernamentos da biblioteca municipal de Mafra que Abelardo foi ferroviário e também editava periódicos jornalísticos sobre a classe de ferroviários e operários que se chamava “O Trabalho” (1934/1937). Com seu dinamismo de profissional ferroviário galgou funções de chefe do almoxarifado e posteriormente como chefe do setor de combustível.

Como desportista fundou em 25 de junho de 1937 a Liga Mafrense de Desporto (LMD), que contou com os primeiros diretores: Amilton Marcondes (Presidente), Lauro L. de Carvalho Ramos (1º Vice-presidente), Reinaldo Weigert (2º Vice-presidente), José Carlos Miranda (secretário Geral), Abelardo Luiz de Oliveira (1º secretário), Alfredo Abdala (2º secretário), Carlos Menine (1º tesoureiro), e Rui Cordeiro (2º tesoureiro).

Na sequência fundou o Clube Atlético Operário (o Furacão Negro), ficando presidente por 20 anos. Mais tarde transferiu-se para o verde e branco da baixada mafrense “Peri Ferroviário Esporte Clube” (o Leão da Fronteira), sendo então presidente do clube.

Na sociedade, administrou a antiga Companhia de Habitação Popular (COHAB) e implantou a guarda urbana municipal e melhorias dos serviços da Companhia Telefônica Catarinense, que graças a ele foi possível ter meios mais rápidos de comunicação.

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Por sua grande atuação na sociedade mafrense e suas campanhas filantrópicas em benefício dos menos favorecidos, Abelardo de Oliveira merecidamente recebeu homenagem de “Cidadão Honorário de Mafra”.

“Grandes homens deixam suas marcas por onde passam”.
Esta é uma homenagem dos familiares, filhos e netos.
Abelardo Luiz de Oliveira (1913/1990)

Jornal O Noticiário da Fronteira (edição de 1963)

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