Os desafios para os próximos quatro anos para vereadores e prefeitos de Mafra e Rio Negro

Por Gazeta de Riomafra - 10/02/2017

Na segunda-feira (6) começou o “ano político†em Mafra e em Rio Negro na terça-feira (7). Datas onde os vereadores começam dar expediente nas Câmaras de Vereadores participando das sessões ordinárias. Sim, todos tomaram posse no dia 1º de janeiro, mas como as casas de leis estavam em recesso, trabalho mesmo só iniciou a partir desta semana. As Prefeituras municipais após a recondução de seus prefeitos e vices aos cargos aos poucos retomaram a rotina de trabalho.

MAFRA

Em Mafra a expectativa nunca foi tão grande. Após duas legislaturas e alguns prefeitos a harmonia política é esperada no município, atrelada ao desenvolvimento e a geração de emprego propalada na última eleição.

A responsabilidade do prefeito reeleito Wellington Bielecki é grande, visto que a confiança depositada do eleitor – quase 88% dos votos válidos e pouco mais de 27 mil votos – vai se transformar em cobrança. O mandato tampão, após o impeachment do ex-prefeito Roberto Agenor Scholze, terminou e um novo mandato começou com novos desafios e novas esperanças. A principal delas é o início dos trabalhos da Kromberg & Schubert, que deverá gerar mais de dois mil empregos.

A construção da unidade fabril da Kroshu, no Campo da Lança, em frente à empresa Bandag, está na fase final. Parte dos colaboradores contratados já concluíram os cursos e estágios. A expectativa é que a produção inicie em meados de março.

Também são aguardadas o início das obras da Agroindústria Master, a fazenda experimental da Souza Cruz e a possível vinda de uma fábrica de rações ligada ao grupo Eucatex.

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Além da geração de emprego outro grande desafio do executivo mafrense será colocar em prática as obras de infraestrutura, como o asfaltamento das ruas dr. Mathias Piechnik, Pedro Kuss, Brasílio Celestino de Oliveira, prof. Gustavo Adolfo Friedrich e na av. Frederico Heyse. Destacando que foi anunciado que as lajotas da rua Gustavo Adolfo Friedrich serão usadas para pavimentar as ruas transversais que dão acesso a Gustavo e que as lajotas da Frederico Heyse serão usadas nas pavimentação das ruas da Vila das Flores e da Vila Solidariedade.

Na infraestrutura ainda temos ainda a sequência das obras de esgotamento sanitário, a terceira ponte, a segunda fase da obra de revitalização do antigo Peri e claro não podemos deixar de apontar a recuperação e manutenção das ruas dos bairros e das estradas do interior.

Tem ainda a construção de duas novas creches uma no bairro Vila Ivete e outra no Jardim Novo Horizonte, um compromisso assumido junto ao Ministério Público Estadual através de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), totalizando cerca de 500 novas vagas para crianças de seis meses a cinco anos.

Não podemos deixar de lado a implantação do estacionamento rotativo e a efetivação do Consórcio Intermunicipal de Mobilidade Urbana para realização da licitação do transporte coletivo.

Na área da saúde, o término das obras da UPA (bairro Jardim América), e seu funcionamento, que sem dúvida deverá ocorrer um grande embate com hospital local e os que não querem seu funcionamento, porém, um serviço extremamente necessário para a melhoria no atendimento à saúde dos mafrenses que deve ser implantando. Mafra já está atrasada na sua implantação, municípios vizinhos como Canoinhas já estão em funcionamento e recebendo verbas federais e estaduais para sua manutenção e funcionamento.

Outro desafio é uma nova sede para o paço municipal, onde a atual encontra-se sem as mínimas condições de abrigar a sede da Prefeitura. Hoje parte do executivo já está operando num prédio alugado na av. Frederico Heyse, próximo à praça Lauro Müller. A Gazeta já alertava para o problema há vários anos atrás quando propôs o projeto do centro cívico no município.

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Somada a estes desafios existe o desafio político, que é manter a harmonia política com a Câmara de Vereadores, algo quase impossível no município devido a cultura política local do “toma lá da cáâ€.

Quanto a Câmara de Vereadores de Mafra os 13 novos parlamentares terão muito trabalho e o principal deles é o de resgatar a imagem do legislativo perante a população mafrense. Esta nova legislatura terá ainda pela frente a missão de manter a harmonia com o executivo sem virar uma extensão da Prefeitura, fazer a reforma do regimento interno, construir sua sede própria, controlar os gastos com diárias e trabalhar na apresentação de projetos de leis e na fiscalização até mesmo para justificar o aumento de três vereadores da legislatura passada para esta.

Outro desafio será o de votar os projetos polêmicos que deverão aportar no legislativo, como por exemplo, a reforma administrativa proposta pelo executivo que deverá ser discutida já nas primeiras sessões deste ano que começam nesta segunda-feira 06 as 19 horas.

Outro desafio será a terceirização de vários serviços públicos, como obras, por exemplo, considerado o tendão de Aquiles da administração municipal, onde se tem o Centro de Serviços um problema crônico há décadas, enfrentado por todos os gestores como algo extremamente difícil de ser administrado.

RIO NEGRO

Em Rio Negro a história não é diferente da de Mafra, o prefeito Milton Paizani também foi reeleito com pouco mais de 15 mil votos – 85,81% dos votos validos -, confiança que também se transformará em cobranças.

Diferente de Mafra em Rio Negro na questão de investimentos, infelizmente não é esperada nenhuma nova empresa fato esse que fará a administração municipal se preocupar na manutenção dos empregos atuais e na execução de novas obras de infraestrutura que sejam oriunda no município e não do Estado, Governo Federal ou iniciativa privada.

Como não há perspectiva de novas empresas, deveria haver a valorização e incentivo as que já estão há várias décadas atuando no município e que aos poucos estão saindo de Rio Negro e se instalando em cidades vizinhas, principalmente em Mafra.

Outro grande desafio é a municipalização do trânsito, onde inclui: o estacionamento rotativo, e a guarda municipal, onde segundo informações do próprio executivo nem projeto ainda existe para a devida implantação.

A segurança pública é hoje o “calcanhar de Aquiles†da atual administração municipal, o problema recorrente da falta de efetivo de policiais militares e investimentos em viaturas e condições de infraestrutura, será com certeza o grande desafio desta administração, que terá que mostrar que possuí prestígio junto ao governo do estado para conseguir novos policias e melhoria no reaparelhamento das polícias civil e militar do município. Rio Negro encontra-se cada vez mais dependente do vizinho município de Mafra na questão da segurança e pouca vontade e inciativa são demonstradas pelos políticos locais na busca de uma solução para o problema que se arrasta a décadas e se agrava cada vez mais, deixando a população cada vez mais insegura.

Na área da saúde, também vários desafios terão que ser vencidos, o principal deles já dura há quatro anos: a abertura da maternidade, a qual foi fechada pelo atual prefeito em sua última gestão, deste os primeiros dias do seu governo. Mães rionegrenses continuam dando à luz a suas crianças em cidades como Campo Largo, ou até em outro estado, no vizinho município mafrense.

Também os mesmos desafios encontrados em Mafra, como trânsito, transporte público (consórcio intermunicipal), terceira ponte, são os mesmos da atual gestão de Rio Negro, que deverão ser resolvidos em conjunto com o gestor mafrense e que vem se arrastando há décadas sem uma solução.

Já a Câmara de Vereadores rionegrense terá que mostrar que a harmonia entre Câmara e Prefeitura é apenas uma harmonia mesmo e que existe independência entre os poderes. Os novos vereadores terão que mostrar trabalho principalmente na aprovação de projetos de leis de autoria do executivo, discutindo e debatendo os mesmos e não apenas aprovando os projetos a bel prazer do prefeito.

Também deverão demonstrar que a Câmara não é uma extensão da Prefeitura e realmente fiscalizar o executivo e cobrar uma atuação eficaz do mesmo.

O espera projetos de leis audaciosos que realmente melhorem a vida da população rionegrense e não projetos previamente autorizados pelo executivo. Enfim, o cidadão rionegrense quer um poder legislativo independente e comprometido com a sociedade e não com interesses políticos e apenas do poder executivo.

Os dois prefeitos terão pela frente ainda a batalha pelo equilíbrio do orçamento, onde ano a ano a arrecadação vem caindo nos municípios, o que faz com que as Prefeituras trabalhem no seu limite de gastos.

Estes são alguns desafios dentre tantos outros que os prefeitos e vereadores de Riomafra terão no início de seu mandato. Mandato que começou, é novo, mais temos que destacar que os seus antecessores são os mesmos e desta vez não terão aquele famoso prazo de 6 meses de paciência que toda nova gestão tem, no máximo 90 dias e muito menos culpar seus antecessores, como desculpas da situação em que Riomafra se encontra.

Porém, o maior desafio é da própria sociedade, em ser mais participativa e fiscalizar cada vez mais nossos legisladores e gestores, pois afinal, é o cidadão riomafrense que os elegeram para governar e legislar em benefício da nossa sociedade e que acima de tudo, são muito bem pagos pelo povo para exercerem com zelo, muito empenho, competência e com a maior lisura os seus cargos.

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1 COMENTÃRIO

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  1. Mafra = Realmente ha grande expectativa, as movimentações estão ocorrendo, infra-estrutura a passos lentos muitos problemas de urbanização a serem regularizados o estacionamento rotativo deve ser prioridade para facilitar o usuário ao comercio local e serviços, com a geração de empregos haverá impulsão na economia e consequentemente o município deve reverter no bem estar da população, com relação ao legislativo espero que cessem os amargores políticos e que caminhem com o executivo de forma responsável e dedicada aos munícipes.
    Rio Negro = Ahhh, como seria bom dizer coisas boas da minha querida cidade. Pena, pois estamos literalmente parados, só o que vejo e plantio de flores e asfalto do recurso do estado (Paraná urbano), o velho cabide de cargos na prefeitura, ineficiência de um secretário de industria e comércio, segurança lixo, saúde lixo, empresas debandando, mais 4 anos de paralisia, nossa cidade esta esquecida pelo governo do estado só somos lembrados para gerar votos e comissões para fazer visitas em Curitiba sem resultados apenas indo se fartar em churrascarias. Legislativo? Na mão do prefeito. Algo de bom tenho sim; Educação, parabéns ao nossos educadores e continuem avançando.

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