Cerca de 100 mil participaram de atos em defesa da Educação

Publicado por Gazeta de Quitandinha e Campo do Tenente - 21/02/2015 - 03h09

A greve da educação continua e está cada vez mais forte. Na última quinta-feira (19), 11º dia de paralisação das escolas da rede pública estadual, a categoria voltou às ruas. Pelo interior do Paraná foram realizados atos em frente aos Núcleos Regionais de Educação (NREs). Em Curitiba, a concentração para o ato em frente ao Palácio Iguaçu inicia por volta das 10h e prosseguiu no período da tarde. Às 14h30, uma comissão de negociação do sindicato se reuniu com o governo. O objetivo foi debater a pauta da greve.

Em entrevista, o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, adiantou os próximos movimentos do governo. Segundo ele, os projetos retirados após a grande manifestação do último dia 12 serão reapresentados no início da próxima semana. De acordo com ele, os textos estarão reformulados e seguirão o trâmite normal, passando pelas comissões temáticas da casa legislativa. Ele também informou que as propostas serão divididas para que “tramitem de forma mais organizada” na Assembleia Legislativa do Paraná.

Sobre a reunião com a direção da APP, o secretário apenas repetiu as propostas apresentadas aos educadores nas tentativas de negociações feitas pelo sindicato antes da greve. Entre elas, o pagamento, na próxima semana, das indenizações devidas aos 29 mil temporários (PSS) demitidos no final do ano passado. Isto totalizaria cerca de R$ 84 milhões. Mas com relação ao pagamento do terço de férias devido ao funcionalismo, o estado mantém a proposta de parcelar o pagamento em três vezes: fevereiro, março e abril.

Para a direção da APP, com esta entrevista, o governo já coloca um entrave na negociação ao se adiantar ao diálogo que deveria ser feito no dia posterior, com a representação dos educadores. Além disso, na entrevista, o secretário fala que o governo tem mantido o diálogo com os educadores. Não houve até o momento qualquer reunião de negociação entre a direção da APP-sindicato e o governo, apesar de tentar agendar tal debate desde o início do ano. As poucas propostas que partiram do governo foram encaminhadas ao sindicato de forma não oficial.

A GREVE CONTINUA

A direção do sindicato tem reforçado repetidamente que a greve não encerrou. Pelo contrário. A categoria permanecerá paralisada até o governo se comprometer com a resolução dos itens da pauta da greve (veja abaixo). Além disso, tanto a entrada como a saída do movimento só pode se dar através de decisão conjunta da categoria, em assembleia. Uma reunião do comando de greve estadual ocorrerá na sede estadual da APP neste sábado, dia 21. Este comando, composto por representações de todos os núcleos sindicais é que definirá se convoca ou não uma assembleia, mas até lá a greve continua.

PAUTA DA GREVE
1. Não reapresentação dos projetos de lei PLC 06/2015 e o 60/2015;
2. Pagamento imediato dos salários em atraso (PSS, 1/3 de férias, auxílio alimentação, conveniadas);
3. Reabertura dos projetos que funcionavam, nas escolas, no contraturno, a exemplo dos cursos de línguas e esportes;
4. Retomada da contratação de funcionários de escola, diretores, pedagogos e professores.

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