IMPASSE: Discussão do transporte coletivo é retomado em Riomafra

Publicado por Gazeta de Riomafra - 06/05/2015 - 20h27

Aconteceu na tarde da quarta-feira (29), no Auditório do Sesi Rio Negro, a reunião para mediar uma solução para o transporte coletivo de Rio Negro e Mafra. A reunião contou com a presença do diretor da empresa Viação Santa Clara; diretor jurídico da empresa; prefeito de Rio Negro, presidentes das Câmaras de Rio Negro e Mafra; da coordenadoria da FIEP; gerencia do SESI; do secretário de Desenvolvimento Econômico de Mafra, representando o prefeito de Mafra; associados e direção da ACIRN; vereadores de Mafra e Rio Negro e representantes de associações de moradores.

Os organizadores do encontro explicaram que a discussão do tema seria uma tentativa para mediar uma solução para o transporte coletivo municipal entre Prefeituras e empresa. “Estamos hoje aqui para buscarmos uma solução para o transporte coletivo, que como pudemos observar através da imprensa, passa por problemasâ€, disse passando a palavra para os diretores da Santa Clara que fizeram uma apresentação mostrando como funciona o transporte de passageiros em Mafra e Rio Negro.

O diretor da Santa Clara, mostrou através de planilhas que o número de usuários do transporte coletivo vem caindo ano a ano e um dos fatores seria o aumento de veículos nas ruas. Apresentou a planilha que mostra o custo do transporte em Mafra e Rio Negro, que é de R$ 3,70, que nas palavras dele é um valor baixo comparado com outras cidades da região metropolitana que chegam a custar R$ 5,80. Destacou ainda que a tarifa do não tem reajuste desde 2012, e que o preço atual de R$ 2,20 é impraticável para manter o transporte coletivo atual, e que desde março de 2014 vem solicitando aumento da tarifa aos executivos municipais no percentual de 18%, quando sugeriu o aumento ou o corte de linhas para adequação do transporte quanto ao seu custo, e que a empresa Santa Clara vem acumulando prejuízo desde então pois está subsidiando o sistema desde 2013, “Em março de 2014 apresentamos requerimento nas prefeituras solicitando o reajuste de 18% na tarifa, ou corte de linhas caso não fosse autorizado o aumentoâ€. Falou. Rodrigo ainda mostrou que existe um alto índice de gratuidade no sistema, onde 24%, das pessoas que usam o transporte não pagam tarifa, fazendo com que o custo seja pago pelos outros 76%. “Hoje de 100 pessoas que usam o transporte coletivo 24 não pagam e 76 pagam pelos 100â€, explicou.

O diretor da Santa Clara comentou que solução para o transporte coletivo de Rio Negro e Mafra é a imediata constituição do Consórcio Intermunicipal de Transporte, que já vem sendo discutido entre as Prefeituras municipais, onde a Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT, dará a anuência para os municípios da linha interestadual – Faxinal/Bom Jesus -, criando um marco regulatório, procedendo a licitação onde o sistema será um só.

O diretor jurídico da Santa Clara, explicou ainda que compete aos prefeitos municipais a autorizarem o aumento da tarifa, e que a empresa Santa Clara, solicita este aumento através da planilha Geipot, que é utilizada para definir custos e onde são usados valores reais para definir as tarifas de ônibus urbanos, planilha está que pode ser auditada por qualquer pessoa especializada. Guilherme apresentou ainda um proposta que foi encaminhado aos executivos municipais que seria uma dispensa de licitação, para que seja sanado o problema, até que seja constituído o consórcio e efetivada a licitação, dispensa esta que já levaria em conta diretrizes que estarão no Consórcio Intermunicipal.

O prefeito rionegrense falou que tanto ele quanto o prefeito de Mafra, foram procurados pela Santa Clara em meado de 2014, durante as manifestações que estavam acontecendo pelo país, para que fosse concedido o aumento da tarifa, e em comum acordo optaram em não aumentar a tarifa e sim cortar algumas linhas. “Naquele momento era difícil tomar a decisão de aumentar a tarifaâ€, disse. Com relação ao Consórcio Intermunicipal, a ANTT solicitou algumas mudanças na lei de criação que já estão sendo feitas pelos jurídicos das duas Prefeituras, “Nós vamos fazer a licitação em Rio Negro, será criado o consórcio, não podemos abdicar de gerenciar o transporte coletivoâ€, falou.

Para o presidente da Câmara de Vereadores de Mafra ponderou que o tema precisa ser enfrentado e que as Prefeitura precisam dividir a responsabilidade com as Câmaras para resolver o problema e que a autorização do aumento da tarifa é uma atribuição do prefeito municipal.

O presidente da Câmara de Vereadores de Rio Negro deixou a Câmara de Rio Negro aberta para discutir e achar uma solução do problema para atender a população e as demandas da empresa. Citou ainda que a comunidade da Fazendinha aceita um aumento de tarifa.

O coordenador da FIEP em Rio Negro, disse que o transporte coletivo tem que ser pensado, pois resolve o problema de mobilidade, e que não pode chegar aos industriários de Rio Negro e dizer que é a favor do aumento de 18% na tarifa, sugerindo uma discussão maior para analisar o tema e que o aumento seja parcelado. Já para diretora jurídica da ACIRN, a decisão do aumento cabe aos prefeitos definir, e que a Associação Comercial não pode decidir e opinar quanto ao assunto.

O presidente da empresa Santa Clara voltou a falar, onde disse esperar uma definição da efetivação do Consórcio Intermunicipal do Transporte Coletivo de Mafra e Rio Negro, que a Viação Santa Clara entrará em contato com as empresas para otimizar o atendimento do transporte coletivo e que será conversado com os dois prefeitos para equacionar o preço e a qualidade do serviço, para que o sistema de transporte de passageiros de Mafra e Rio Negro seja justo para todos.

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6 comentários publicados
  1. MENINA

    BELEZA , CONSEGUIRAM AUMENTAR A PASSAGEM DE ÔNIBUS E AGORA, SERà QUE AS LINHAS QUE A SANTA CLARA CORTOU POR CAUSA DESSE AUMENTO DE PREÇO QUE NÃO TINHA ACORDO, QUE FIZERAM A RETALIAÇÃO, VÃO RETORNAR? EU DUVIDO MUITO, MAS AGORA NÃO TEM MAIS MOTIVO PARA ESSAS LINHAS PERMANECEREM CORTADAS AFINAL O QUE A SANTA CLARA REVINDICAVA ERA O AUMENTO E CONSEGUIRAM E COMO FICA A POPULAÇÃO? É UMA VERGONHA, DESCASO TOTAL.

  2. Marina

    Fora que os ônibus da Santa Calara são uma vergonha de tão velhos!!!!

  3. Morador da Vila das Flores

    Pagar R$2,50 pra andar um trecho de 5 minutos? Como pode as duas prefeituras concordarem com isso? Uns lixos de ruas, esburacadas… Mas o povo não se manifesta nem nada. Vergonha.

  4. Pretinho Basico

    Os onibus da Santa Clara percorrem um trecho pequeno por um valor exorbitante. Em joinville, por uma merreca (cerca de R$ 3,30) pode-se andar pela cidade inteira, graças ao sistema interligado de terminais urbanos. Quer dizer, se voce quiser, pode entrar em um onibus de manhã, andar o dia inteiro e pagar apenas uma vez (claro que não saindo dos terminais). Já em Mafra, para tomar o onibus da vila Ivete até o centro, tem que pagar, se quiser ir para o Alto de Mafra, tem que pagar outra vez. O itinerario é curto Vila Ivete-Jardim America é de mais ou menos 06 km. Bairro Bom Jesus- Faxinal não vai além de 09 km. Claro que é melho ir de carro ou de moto. Sai mais barato. Isso ocasiona o excesso de veiculos na cidade.
    E viva nóis…

    • André Martins

      Ate a cidade de Rio Negrinho, que não é maior do que Mafra, já possui faz tempo um terminla urbano, onde se podem fazer integrações.

      O transporte público em Riomafra já virou caso de polícia.

      E o pior, quem faz alguma coisa sobre isso?

      Ninguém faz nada, pq está bom assim como está, para os que têm o poder. Todos eles saem ganhando. E o povo, perdendo.

  5. MENINA

    LEGAL, E AS LINHAS QUE FORAM CORTADAS? A POPULAÇÃO QUE SE DANE? E A INTERBAIRROS, ONDE CRIANÇAS DE ESCOLA, IDOSOS E PESSOAS DEFICIENTE PEGAVAM PARA IR AO CENTRO FOI CORTADA?.E AGORA?NÃO TEM NENHUMA LINHA QUE AS LEVE PARA O CENTRO? NÃO, TEM QUE IR DE ANDANDO, QUE LINDO ESSA CIDADE, NÃO TEM TRANSPORTE PÚBLICO E A POPULAÇÃO QUE SE DANE PARA HONRAR COM SEUS COMPROMISSOS… E A RIAMAR? FOI CORTADA TAMBÉM, QUE PASSAVA PERTO DA UNC? POIS É MAIS UMA VEZ FICAM NESSE EMPASSE E A POPULAÇÃO QUE DEPENDE DO TRANSPORTE PUBLICO QUE SOFRE.

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