O inferno astral do governador Beto Richa (PSDB) continua, após o massacre sofrido pelos professores no último dia 29 de abril, após a delação premiada que aponta uso de dinheiro ilícito na sua campanha para reeleição, agora são os demais servidores públicos que podem se juntar aos professores e decretarem greve geral no estado.
Na manhã de ontem ocorreu um ato nas principais de ruas de Curitiba, onde professores, estudantes e demais servidores públicos caminharam até o Centro Cívico na praça Nossa Senhora de Salete, agora chamada pelos professores de praça 29 de Abril, cantando palavras de ordem como: “Fora Beto Richa!”, “O Beto vai ganhar uma passagem para sair do Paraná / Não é de carro, nem de trem, nem de avião / É com os deputados do camburão!”. A APP sindicato calcula que 50 mil pessoas participaram da passeata, a Guarda Municipal de Curitiba estima em 30 mil o número de participantes do ato.
Durante a passeata os dirigentes sindicais das principais classes dos servidores públicos, como professores, agentes penitenciários e profissionais da saúde, que formam o Fórum das Entidades Sindicais estavam reunidos com os secretários da Casa Civil, Fazenda, Administração, Educação e Planejamento. A reunião que começou perto das 11h terminou por volta das 14h30min sem acordo, com os representantes do Fórum não aceitando a proposta do governo de 5% de reajuste em duas parcelas. Os grevistas pedem 8,17% de reposição salarial de acordo com o IPCA e conforme a inflação dos últimos 12 meses.
Os professores estão em greve pela segunda vez esta ano e lutam pela manutenção de direitos adquiridos há muitos anos e pelo reajuste salarial e agora, após as negociações de hoje, outros servidores públicos podem se juntar a classe do magistério. Hoje a paralisação do magistério que começou no dia 25 de abril soma 25 dias de paralisação, o governo do estado estima que 1 milhão de estudantes estão sem aulas.