LEIS Nテグ CUMPRIDAS: Mafra sem acessibilidade adequada aos portadores de deficiテェncia fテュsica

Publicado por Gazeta de Riomafra - 01/07/2015 - 17h08

No ano de 2013 o jornal Gazeta de Riomafra jテ。 reportava este grave problema em Riomafra numa sテゥrie de reportagens denominada: 窶廰eis nテ」o cumpridas窶, de lテ。 para cテ。, quase nada mudou, ao contrテ。rio, com o crescimento populacional e de automテウveis e motocicletas nas duas cidades o problema aumentou ainda mais. Nossas autoridades continuam alheias ao problema e descumprindo quase que integralmente as leis: federal, estadual e municipal que regem a matテゥria. Inclusive jテ。 reportamos por vテ。rias ocasiテオes a falta de acessibilidade em vテ。rios prテゥdios pテコblicos como a Prefeitura e Cテ「mara de Vereadores de Mafra, sendo que atテゥ hoje tambテゥm nada foi feito.

Celina Hirt sempre foi uma mulher ativa, mesmo apテウs as limitaテァテオes fテュsicas que a vida lhe impテエs por conta de uma leptospirose em 2007. Foram quinze anos trabalhando no setor de limpeza da maternidade de Mafra, participaテァテ」o de associaテァテオes, comunidades da igreja e movimentos sociais. Porテゥm, apテウs a doenテァa afetar sua coluna e consequentemente sua mobilidade, as companhias e amizades da テゥpoca de trabalho sumiram.

Hoje com 72 anos e aposentada por invalidez, Celina conta que nunca quis ser dependente das pessoas, sempre quis sair sozinha de casa e, apテウs a formaテァテ」o de um grupo de cadeirantes em 2009, a primeira conquista chegou: os テエnibus adaptados para passageiros com cadeira de roda comeテァaram a circular em Mafra. Em 2012 foi a Prefeitura pedir 100% de テエnibus adaptados, pois eram apenas 60%, sendo que em muitos deles o elevador necessテ。rio para os cadeirantes nテ」o funcionava. ツApesar da linha Faxina 窶 a qual utiliza e pela qual estテ。 sempre lutando por melhorias 窶 ser adequada, sempre テゥ necessテ。rio pedir a manutenテァテ」o do elevador. 窶廢u peテァo para arrumarem e テゥ sempre uma burocracia com endereテァo, linha que utilizo e documentos. テ sテウ levar na oficina e arrumar窶 窶 aponta.

Alテゥm dos afazeres domテゥsticos, fisioterapia e hidroginテ。stica, Celina tambテゥm estuda biologia na Universidade do Contestado (UnC) e atualmente テゥ a テコnica aluna cadeirante do campus de Mafra. Questionada sobre a acessibilidade na faculdade e em Mafra, a estudante de 72 anos, relata com pesar que a falta de acesso aos cadeirantes テゥ de maneira geral no municテュpio. 窶廛esde テウrgテ」os pテコblicos ao comテゥrcio. Parece que nテ」o querem que compre ou esteja no local. Somos consumidores e cidadテ」os normais.窶 窶 enfatiza.

Na faculdade em que estuda, um projeto de acessibilidade foi feito por acadテェmicos de direito atendendo ao seu pedido. Segundo Celina, a faculdade adaptou a biblioteca e mesa para ela poder estudar, porテゥm a estudante de biologia aponta erros na acessibilidade. 窶廸テ」o hテ。 livros em braile para os acadテェmicos com deficiテェncia visual e テゥ direito deles, assim como nas farmテ。cias テゥ preciso ter genテゥricos nas prateleiras com descriテァテ」o em braile, テゥ lei.窶 窶 afirma. A aluna de biologia tambテゥm reclama da forma como os editais sテ」o abertos para adquirir bolsa de estudos. 窶弑sam termos errados como 窶彿nvテ。lido窶. Para mim isso テゥ quem estテ。 impossibilitado de tudo e em uma cama, pedem テュndice de carテェncia. Acredito que os deficientes que provam a sua deficiテェncia deveriam ganhar bolsa integral窶 窶 destaca.

Celina utiliza o transporte pテコblico para se locomover e estudar, porテゥm para chegar テ faculdade apテウs a テコltima parada do coletivo, precisa usar sua cadeira motorizada ao lado dos carros na rua, pois as calテァadas sテ」o quebradas e nテ」o hテ。 como transitar com a cadeira. 窶Faltam rampas e sテ」o muitas sテ」o colocadas de maneira errada. Saio no asfalta porque tambテゥm nテ」o souberam fazer a rampa de maneira adequada para a cadeira passar窶 窶 analisa.ツ A estudante nunca sofreu acidente trafegando pela rua porque os motoristas respeitam, mas jテ。 houve casos de imprudテェncia. 窶Um carro da Prefeitura jテ。 trancou o trテ「nsito e parou em cima da faixa quando eu iria passar窶 窶 conta.

No entanto, dentro da faculdade Celina recebe a ajuda dos alunos e funcionテ。rios que estテ」o acostumados com a sua presenテァa no campus. ツ窶廴eus colegas e professores sテ」o prestativos e sempre me ajudam. Nテ」o posso reclamar do tratamento que recebo na faculdade窶 窶 afirma. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas diariamente, Celina テゥ mais do que uma senhora que anda de cadeira de rodas pelas ruas de Mafra. Sテ」o oito anos de luta contra a falta de acessibilidade, mas esse descaso com os cadeirantes nテ」o deixa essa mulher de 72 anos presa dentro de casa. A テコnica limitaテァテ」o que existe na vida de Celina Hirt テゥ fテュsica.

Projeto de acessibilidade serテ。 apresentado テ comunidade e para a Prefeitura de Mafra

O projeto 窶廣cessibilidade: Direitos Fundamentais, Cidadania e Inclusテ」o Social窶, realizado pelos acadテェmicos de direito da UnC, Taテュs Araテコjo Pinto e Bruno Neumann, e da fisioterapeuta テOgela Mella, com orientaテァテ」o do professor Clayton Gomes de Medeiros, tem como principal objetivo trazer para o conhecimento de todos os cidadテ」os quais sテ」o as leis federais, estaduais e municipais que garantem o direito a acessibilidade para todas as pessoas com deficiテェncia.

O estudo foi direcionado a Celina Hirt com テェnfase em sua dificuldade de locomoテァテ」o e de todos os portadores de deficiテェncia. Algumas das leis municipais de acessibilidade sテ」o para a circulaテァテ」o de テエnibus com rampas hidrテ。ulicas, inclusテオes de brinquedos adaptados para deficientes em parques pテコblicos e privados, ensino de libras em instituiテァテオes pテコblicas municipais, atendimento prioritテ。rio no comテゥrcio, entre outras leis que serテ」o apresentadas para a Prefeitura 窶 que fomentou o projeto – em breve.

Em Mafra, os parques centrais nテ」o sテ」o adaptados e apenas 60% do transporte pテコblicos sテ」o apropriados, mas nem todos os テエnibus tテェm a rampa hidrテ。ulica em pleno funcionamento. Tambテゥm nテ」o テゥ possテュvel encontrar placas de atendimento prioritテ。rio em todos os departamentos pテコblicos de Mafra, os quais deveriam dar exemplo de acessibilidade.

O projeto serテ。 apresentado junto a uma cartilha contendo todos os direitos e leis – para que os deficientes tomem conhecimento e possam usufruir de seus direitos 窶 na prテウxima terテァa-feira (30) テs 13h30min, no auditテウrio da UnC de Mafra, no Bloco G. O evento テゥ aberto ao pテコblico e a entrada テゥ franca.

A reportagem da Gazeta de Riomafra darテ。 continuidade ao caso, reportando especificamente tambテゥm a questテ」o em Rio Negro, bem como as dificuldades dos deficientes audiovisuais em Riomafra.

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2 comentários publicados
  1. Antテエnio Cテゥsar

    Vamos ver se o novo prefeito resolve isso.
    Tem que cumprir a lei, cassar a concessテ」o (se テゥ que existe) da Santa clara e abrir nova licitaテァテ」o.

    Estテ。 na hora do novo prefeito comeテァar a mostrar テ que veio.

  2. MENINA

    aliテ。s o nosso transporte publico テゥ um lixo, defasado, corroテュdo . estragado e tem linhas que nテ」o funcionam, extrapolam o horテ。rio e linhas cortadas ….que beleza, tomara que o Wellington melhore o nosso transporte publico que esta horroroso aumentaram e nテ」o cumprem o seu dever, e テゥ por isso que tem aumentando o numero de veテュculos nas ruas, pois o transporte publico de Mafra テゥ um LIXO UM LIXO, nテ」o sテウ para deficientes, mas para idosos e crianテァas e todos nテウs homens e mulheres que precisamos disso para irmos ate o centro ou ao nosso trabalho e retorno para a nossa casa, estou indignada, cade a Linha INTEIRBAIRROS? CADE AS LINHAS CORTADAS? AUMENTARAM A PASSAGEM E PORQUE Nテグ DEVOLVEM ENTテグ ESSAS LINHAS? CRIANテAS DE ESCOLA DO JARDIM AMERICA, BUENOS AIRES, VILA ARGENTINA E FERROVIテヽIA FICARAM SEM ASSISTテ劾CIA… LEGAL Nテ PARABテ丑S A SANTA CLARA .

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