DST, um assunto pouco discutido

Por GB Edições - 13/09/2016

Em tempos que as autoridades em saúde alertam que cresceu o número de pessoas infectadas com sífilis e gonorreia, ainda é difícil falar sobre as chamadas DST –  Doenças Sexualmente Transmissíveis -; quando se fala sobre o assunto, imediatamente nos lembramos da AIDS. Talvez porque ela seja a mais grave delas: leva o infectado à morte.

No entanto, existem outros tipos de DST que também são gravíssimas, podem levar a esterilidade, podem causar o câncer de útero e consequentemente levar à morte. No entanto, o assunto ainda é tratado com preconceito e até mesmo com negligência.

Existem cerca de cem tipos de HPV – papiloma vírus humano, sendo que quatro subtipos predispõem ao câncer de colo de útero, pênis e ânus. O HPV caracteriza-se por verrugas nos órgãos genitais. Nos homens desenvolvem-se no pênis. Nas mulheres, na vulva e pequenos e grandes lábios. Em ambos, as verrugas podem aparecer ao redor do ânus.

Quando estas verrugas crescem, adquirem a aparência de crista de galo.  O contágio pode se dar com o parceiro contaminado, assentos públicos, piscinas e saunas.

O exame de Papanicolaou e Colposcopia revelam as micropapilas que se formam na vagina e colo do útero, permitindo que a doença seja diagnosticada antes que a verruga surja.

É bom lembrar que ainda não existe cura para o HPV, a doença pode ser apenas controlada. A prevenção se dá através do uso de preservativo e jamais sentar-se em assentos sanitários públicos.

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Outro tipo de DST muito comum é a Candidiase. É provocada por um fungo e responsável por 72% das infecções vaginais. O agente infeccioso permanece incubado e a doença não se manifesta, mas basta uma queda imunológica para que aquele corrimento branco, parecido com leite talhado apareça. Os órgãos sexuais femininos ficam irritados e avermelhados e o prurido vaginal é intenso. No homem, não costumam ocorrer sintomas, mas às vezes surge irritação na cabeça do pênis.

O contágio dá-se através das relações sexuais e o tratamento deve ser feito pelo casal, pois não adianta a mulher livrar-se do vírus se ele continua encubado em seu parceiro, que não apresenta sintomas e, se não for tratado, continuará infectando a mulher.

A tricominíase afeta cerca de 2,5 milhões de brasileiros por ano. É causada por um protozoário e acarreta infecção na vulva e na vagina; no homem, na região interna do pênis.

Os sintomas são corrimento branco-amarelo-esverdeado com mau cheiro, coceira, ardência ao urinar e dor durante a relação sexual. Os sintomas pioram após a relação e a menstruação.

O contágio se dá através de parceiros contaminados e ambientes públicos, como vasos sanitários.

A doença é detectada através de exames da secreção vaginal. O tratamento deve ser feito pelo casal. É preciso cuidado porque sem o tratamento adequado, a doença pode afetar a fertilidade.

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A prevenção é feita através do uso de preservativos e evitar sentar-se em assentos sanitários públicos.

A clamídia representa 60% das DSTs. Duas semanas após a contaminação, surge uma ferida na região genital. Há febre, dor muscular e ínguas na virilha, com feridas que liberam pus. Se não for tratada, pode levar homens e mulheres à esterilidade.

O contágio se dá através de contato sexual e é diagnosticada através de Papanicolaou.

Na mulher, a gonorreia tem como alvo o colo do útero, enquanto que no homem a infecção atinge a uretra. Pode provocar sérias lesões.

Noventa por cento dos casos de gonorréia são causados por relações sexuais. Depois de três dias de contaminação, surge corrimento amarelado, viscoso e malcheiroso, podendo haver dor ao urinar e inflamação de trompas e ovários.

Se o tratamento for precoce, não deixa sequelas, no entanto se for negligenciado, pode levar a esterilidade e causar problemas nas articulações.

A sífilis é uma DST gravíssima. Se não for tratada adequadamente pode comprometer o sistema nervoso, os ossos, o coração e levar à morte.

Os sintomas aparecem cerca de três semanas depois da contaminação. Forma-se no pênis ou na vagina uma ferida de bordas elevadas e dura ao toque. Após três semanas, a ferida desaparece espontaneamente; algum tempo depois surgem manchas avermelhadas pelo corpo e este é um estágio mais avançado da doença. O tratamento tem que ser rápido.

Também neste caso, a prevenção se dá através do uso de preservativo.

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