Dezembro é o mês de conscientização e prevenção ao HIV/Aids
Há 5 anos
Por Assessoria

Dezembro traz um importante alerta de prevenção à infecção pelo HIV, quando é celebrado o mês de conscientização, sendo que 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Em Santa Catarina, os últimos anos têm sido de estabilidade, com uma pequena tendência de queda, no registro de novos casos da infecção e também da doença. No entanto, a transmissão do vírus ainda é uma realidade no estado. Sendo assim, a prevenção, a testagem e o tratamento continuam sendo fundamentais para o controle e combate ao HIV.

Regina Valim, médica infectologista e gerente de vigilância das IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), reforça a importância dessas medidas. “As pessoas não podem deixar de se prevenir. É fundamental que usem camisinha feminina ou masculina em todas as formas de relação sexual, que realizem a testagem para o diagnóstico precoce e o tratamento com medicamentos antirretrovirais, em caso de infecção. Além disso, também indicamos o uso de PrEP e PEP. Lembrando que tudo isso é oferecido de graça para qualquer pessoa nos serviços de saúde”, finaliza a médica.

No ano de 2019, foram registrados 2.066 novos casos de HIV em Santa Catarina. Em um comparativo com o ano anterior, houve uma queda de 222 casos. Com relação à Aids, também houve redução. No ano de 2019, foram notificados 1.205 casos da doença, contra 1.305 em 2018.

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Os homens são mais acometidos pelo vírus no estado do que as mulheres. Em 2019, foram notificados 1.428 novos casos no sexo masculino, contra 660 no sexo feminino. Já a faixa etária com mais registros de casos de HIV é a de adultos jovens, com idade entre 20 e 29 anos. Foram 750 registros em 2019, seguida dos adultos com idade entre 30 e 39 anos, com 592 novos casos no mesmo ano.

Transmissão vertical

O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar a transmissão vertical do HIV, da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Sendo assim, é essencial que todas as gestantes e parceiros sexuais sejam testados para o HIV/Aids. No caso da mãe, ela deve ser testada durante o pré-natal e no momento do parto. “Quanto mais cedo se faz o diagnóstico, mais cedo se inicia o tratamento com antirretroviral e, com isso, evita-se a transmissão”, explica a gerente de vigilância das IST.

Prevenção combinada

A melhor forma de evitar a infecção pelo HIV é pela prevenção combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção:

  • PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV): é um método de prevenção que consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o vírus infecte o organismo, antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus. É indicado para pessoas que tenham mais chance de entrar em contato com o HIV.
  • PEP (Profilaxia Pós-Exposição ou PEP): medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicamentos, após uma possível exposição ao vírus, para reduzir o risco de infecção. Deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.
  • Preservativos: a camisinha masculina ou feminina deve ser usada em todos os tipos de relação sexual. Além de ser bastante acessível, está disponível nas unidades de saúde gratuitamente e é a maneira mais eficaz para evitar a infecção pelo HIV e uma gravidez não planejada.
  • Testagem: o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes. O teste rápido é um deles. Em, no máximo, 30 minutos é possível ter acesso ao resultado. O teste é realizado, de graça, em unidades básicas de saúde. O diagnóstico precoce é essencial para dar início ao tratamento o quanto antes e controlar a transmissão.
  • Tratamento: a infecção pelo HIV não tem cura, mas pode ser controlada com a ingestão de medicamentos antirretrovirais, o chamado coquetel. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.
  • Carga viral indetectável: a pessoa que vive com HIV, mas realiza o tratamento adequadamente, consegue reduzir a circulação do vírus no corpo a índices indetectáveis. Ou seja, consegue eliminar o risco de transmissão.

O que é HIV?

É o vírus da imunodeficiência que pode levar à Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Diferentemente do que acontece com alguns outros vírus, o corpo humano não é capaz de eliminar o HIV, ou seja, uma vez adquirido, o vírus permanecerá no organismo a vida toda. O HIV se espalha por meio dos fluidos corporais e afeta, principalmente, células do sistema imune (sistema de defesa do organismo), chamadas CD4. Com o passar do tempo, o HIV pode destruir essas células de tal forma que o organismo se torna incapaz de lutar contra infecções e doenças em geral. Quando isso acontece, é sinal de que a infecção pelo HIV levou à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids.

O HIV é transmitido, principalmente, por relações sexuais desprotegidas, mas também pode ser adquirido no compartilhamento de seringas; transfusão de sangue contaminado; da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; ou ainda por meio de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

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