A vacinação contra Covid-19 avança pelo paÃs. Segundo o Ministério da Saúde, há quatro vacinas disponÃveis atualmente no Programa Nacional de Imunização (PNI), aprovadas pela Anvisa: Astrazeneca/Oxford, Pfizer, CoronaVac e Janssen. Até 21 de julho, mais de 126 milhões de doses foram aplicadas.
Porém, é necessário que todas as pessoas continuem seguindo os protocolos de segurança mesmo após tomar a primeira ou a segunda dose do imunizante. “São os cuidados que toda e qualquer pessoa tem que tomar durante a pandemia. Não muda absolutamente nada, pelo menos neste momento. Precisamos continuar usando máscara, respeitando distanciamento social, evitar aglomerações e higienizar as mãos com frequênciaâ€, afirma o Dr. Eduardo Ditzel, infectologista do Pilar Hospital.
Ainda que uma pessoa tenha tomado duas doses de uma vacina (ou a Janssen, que tem dose única), há a possibilidade, ainda que menor, de contrair o vÃrus. Por estar vacinada, poderá ter sintomas leves. Mas o grande perigo é a propagação do vÃrus. “Existe uma proporção pequena de pessoas que podem contrair a doença. Essas pessoas acabam desenvolvendo uma doença mais leve, mas o grande problema é que ainda podem transmiti-la para outras pessoasâ€, alerta o médico.
Dr. Eduardo ressalta que as vacinas disponÃveis para Covid-19 têm eficácias diferentes, porém são bastante elevadas. Se uma pessoa vacinada for infectada pelo vÃrus, terá menos probabilidade de contrair a doença de forma mais grave, que necessite de internamento. “Apesar das vacinas não serem 100% eficazes, elas reduzem muito a chance de infecção. E quando temos um número grande de pessoas vacinadas, independente do tipo ou da eficácia da vacina, isso faz com que o vÃrus circule muito menos dentro das populações. Logicamente, essa é a principal chance que nós temos de controlar essa pandemia e poder voltar para uma vida dentro da normalidade. O que precisamos hoje é de vacina, independente de qual seja. Quanto mais pessoas vacinadas, menos o vÃrus vai circular e maior será a nossa chance de sair da pandemiaâ€.
Variantes
Outro fator fundamental para que sejam mantidos os cuidados de segurança é o surgimento de variantes do coronavÃrus, como o Delta, que tem ocorrido recentemente no Brasil. “Ainda não sabemos ao certo como as variantes se comportam diante dessas vacinas. A gente sabe que existe uma chance teórica de uma infecção por variante, que parecem ter capacidade de infecção e propagação um pouco maior. Também por isso, as medidas de prevenção precisam continuar sendo tomadas, para que não ocorra a infecção das pessoas mesmo vacinadasâ€.
O uso disseminado e universal de máscaras de proteção é uma das medidas que contribuem para não propagar a infecção. Dr. Eduardo recomenda que para as pessoas no dia a dia, uma máscara de tecido já é suficiente, “Ela vai evitar que as gotÃculas respiratórias com o vÃrus circulemâ€. Já para profissionais de saúde durante o perÃodo de trabalho, são necessárias máscaras cirúrgicas, máscaras hospitalares especÃficas, e máscaras do tipo N95 e PFF2.