Nesta segunda-feira uma reunião foi realizada na Prefeitura de Rio Negro para formalizar a apresentação do projeto para a segunda etapa de obras do Memorial de Luxemburgo. O término da primeira etapa está previsto para esta sexta-feira.

Participaram do encontro juntamente com o prefeito Alessandro Cristian von Linsingen: membros da equipe técnica da Secretaria Municipal de Obras e membros da diretoria executiva da Casa da Cultura Brasil-Luxemburgo, nas pessoas de Cícero Jaime Bley Junior, Arnoldo Bley Neto, Cínthia Maria Cordeiro, Antônio Carlos Kühl e Lindamir Kühl.

Também estiveram presentes o representante da Ruthes Engenharia e Florestal LTDA, Valdir Antônio Ruthes Júnior, empresa contratada para a primeira etapa das obras, e o arquiteto Pedro Henrique Bornemann Silveira, que realizou voluntariamente o projeto arquitetônico do memorial. Durante a conversa o prefeito enalteceu o esforço que todos tiveram para que o projeto saísse do papel, possibilitando agora a execução da segunda etapa.

Para a próxima etapa a Prefeitura realizará os trâmites legais para a execução das obras. Os recursos financeiros necessários serão obtidos através de uma nova emenda parlamentar da deputada estadual Cristina Silvestri, que é uma apoiadora do projeto e colabora para o fortalecimento do intercâmbio cultural entre Brasil e Luxemburgo.

Após a conclusão das obras o Memorial de Luxemburgo será mais um grande ponto turístico do município, sendo que este será o primeiro memorial do Brasil dedicado aos imigrantes luxemburgueses.

Além do potencial turístico, a criação do memorial tem como objetivo garantir a preservação ambiental e cultural do município. O terreno de sete mil m² foi cedido pela Prefeitura para a construção e administração do memorial. Ele fica localizado na Rua Francisca de Almeida, próximo ao Centro, na área que abrigou a primeira usina termoelétrica construída no começo do século XX por Nicolau Bley Neto, descendente de um dos primeiros imigrantes luxemburgueses da região.

A usina foi um empreendimento pioneiro que desencadeou os primeiros passos da industrialização em Rio Negro no início do século passado. Com a energia elétrica ali gerada, as primeiras lâmpadas iluminaram casas e ruas e acionaram os primeiros motores industriais do município.

O projeto preservará os elementos existentes no terreno que identificam o uso original do espaço e marcam a passagem do tempo. Por isso, as ruínas foram mantidas e a casa de madeira que existia e foi demolida será reconstruída para abrigar novas atividades. Outros elementos também serão incorporados à área com uma linguagem arquitetônica e de materiais próprios dos tempos atuais, além de forte relação com aspectos da paisagem urbana e natural de Luxemburgo.

O projeto visa proporcionar para Rio Negro um espaço próximo à natureza de lazer, recreação, socialização, conhecimento e encontro de múltiplas gerações, além de gerar a reconexão com Luxemburgo, estreitando as relações entre os dois países por meio de políticas públicas comuns visando o crescimento de ambas as partes.

O Memorial de Luxemburgo visa também homenagear e trazer de volta à memória as histórias do país de onde vieram as famílias Bley, Grein, Krauss e Stresser, que representam o começo do desenvolvimento de Rio Negro e de toda a região.