
A Casan não tem interesse em deixar de operar o sistema de abastecimento e o saneamento básico em Mafra. Segundo o membro do Conselho administrativo da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Odair Rogério da Silva, que estava acompanhado do chefe da Agência de Mafra, Onório Fragoso, em visita a redação da Gazeta, na tarde de ontem 27, enfatizou que a empresa quer estabelecer um diálogo com a Prefeitura para resgatar a continuidade da concessionária em Mafra, onde desde 2007 foram investidos cerca de R$ 26 milhões.
Odair disse que o convênio de cooperação técnica assinado em 2007 encerra em 2019 e neste momento existe a necessidade da assinatura do contrato de “Programação Municipal” que irá determinar as obras e serviços a serem executados com base no Plano Municipal de Saneamento.
Nas palavras do membro do Conselho Administrativo, a Casan quer negociar com o município para que não exista uma disputa judicial e que as duas partes entrem em um acordo, pois na opinião da empresa não existiu descumprimento algum de contrato referente ao plano feito em 2010.
Indagados pela nossa reportagem, sobre o motivo da paralisação das obras do esgotamento sanitário os dois representantes da Casan expuseram que a Caixa Econômica Federal determinou que a obra fosse suspensa, devido a problemas de liberação de licenças ambientais para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), já que a rede de coleta não pode ficar pronta antes da estação, sob risco de algum cidadão se ligar clandestinamente ou sem autorização na rede de coleta, o que causaria danos irreversível.
Quanto à situação de buracos nas ruas e calçadas explicaram, que a Casan após efetuar a obra realiza a medição da quantidade de lajota ou asfalto necessário para o fechamento de buraco, que é repassada para vistoria da Prefeitura e após a liberação a própria Casan passa o recurso financeiro para a Prefeitura executar o trabalho de fechamento do buraco.
Sobre a arrecadação detalharam que 50% do valor líquido arrecadado, descontados todas as despesas, é repassado para o município que somente pode usar esse dinheiro em serviços ligados ao saneamento básico.
O membro do Conselho Administrativo e o chefe da Agência de Mafra disseram também, que estão tentando agendar a vinda do diretor presidente da Casa, Valter José Gallina, para atender o pedido do vereadores e usar a tribuna da Câmara, assim como acham necessário a realização de uma audiência pública com a participação da sociedade civil organizada e da comunidade em geral para discutir o tema.