Executivo mafrense diz que empresa terceirizada é alvo da operação “hora extra”
Segundo delegado, prefeito Wellington, a princípio, também não é alvo direto da operação Policial na Prefeitura de Mafra
Há 6 anos - Atualizado em
Por Gazeta de Riomafra
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Nesta quarta-feira (11) a Polícia Civil realizou uma operação a pedido do Ministério Público de Santa Catarina – MPSC para cumprir sete mandados de busca em apreensão, cinco em Mafra e dois em Barra do Sul. As buscas e apreensões foram feitas na Prefeitura, Centro de Serviço da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, Secretaria de Planejamento e Finanças, casa de servidores e na Empresa prestadora de serviço.

A operação investiga suspeitas de fraude à licitação, peculato, corrupção por agentes públicos e empresários e ficou conhecida como operação “hora extra”.

Segundo o delegado Nelson Vidal a investigação não atinge o prefeito Wellington Bielecki e sim a Secretaria de Obras e a empresa Los Borges de Barra do Sul que tem contrato de locação de máquinas e caminhões para execução de serviços de infraestrutura no interior do município. O contrato de horas máquinas é de aproximadamente R$ 2,8 milhões, onde cerca de R$ 1 milhão já foram pagos e liquidados.

Vidal conta que as investigações iniciaram após uma série de denúncias anônimas que citam irregularidades na prestação de serviço da empresa. Denúncias essas feitas ao Ministério Público e a Polícia Civil. E, que após uma investigação inicial foi necessária essa operação que contou com o apoio da Polícia Civil de Araquari e apreendeu quatro computadores e celulares dos operadores de máquinas e de alguns funcionários da Prefeitura.

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Ainda foram alvo da operação mais cinco máquinas da empresa Los Borges, sendo que apenas três delas foram localizadas. Elas foram periciadas para coleta de provas.

Segundo o delegado existem indícios que os horímetros instalados para o controle das horas trabalhadas eram falsos e não contabilizavam o tempo trabalhado. Ele explicou que o equipamento funcionava mesmo com a máquina desligada.

A Polícia Civil está realizando novas diligências e medidas cautelares não estão descartadas contra funcionários que podem ser afastados de suas funções.

Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mafra que enviou uma nota à imprensa, afirmando que o alvo das investigações é a empresa terceirizada vencedora de licitações em Mafra e em vários municípios da região e que o executivo mafrense contribuiu com as investigações e forneceu todas as informações necessárias e que também está apurando o caso internamente através de uma sindicância. Veja a nota no final do texto.

PRISÃO

Na operação o diretor de obras da Secretária de Obras e Serviços Públicos foi preso por porte ilegal de armas. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa dele a polícia encontrou duas espingardas de caça e munições em situação irregular. O delegado explicou que a prisão não tem nada haver com o caso.

VEJA NA ÍNTEGRA A NOTA À IMPRENSA ENVIADA PELA PREFEITURA

A respeito da operação “Hora Extra”, deflagrada pela Polícia Civil na região do planalto norte, a Prefeitura de Mafra esclarece que:

– O alvo da investigação é uma empresa terceirizada – vencedora de licitações em vários municípios da região, inclusive Mafra;

– A Prefeitura de Mafra forneceu todas as informações necessárias, contribuindo prontamente com o andamento das investigações;

–  Em paralelo, a Prefeitura de Mafra vai abrir sindicância para averiguar os fatos que as investigações apontam e que, se confirmados, estariam lesando o erário municipal.

A Secretaria de Obras de Mafra se coloca à inteira disposição para esclarecimentos e contribuições que garantam a celeridade do processo e a sua mais rápida resolução.

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