Mafra Atlético Clube marcou sua trajetória no futebol catarinense

Por Miguel Luiz - 13/05/2020

No ano de 1979, mas precisamente no dia 21 de setembro, vai se completar 41 anos que saiu o glorioso Clube Atlético Operário e foi criado o Mafra Atlético Clube. A razão social foi mudada pelo então presidente Álvaro Weber e tinha como objetivo de levar o nome da cidade no Campeonato Catarinense de Futebol e trazer mais torcedores ao estádio.

O Mafra Atlético Clube entrou para a história do futebol catarinense no ano de 1980, quando da inauguração da iluminação do estádio Alfredo Herbst o popular Pedra Amarela, naquele memorável jogo contra o JEC.

Diante do maior público até hoje registrado no estádio Alfredo Herbst, apontou o empate em 00 a 00, com a forte agremiação do JEC, tinha no comando técnico, o saudoso “Velha” e jogadores de ponta do futebol brasileiro.

LICENÇA DO PROFISSIONALISMO – O Mafra Atlético Clube no ano de 1981 pediu seu afastamento do Campeonato Catarinense de Futebol Profissional e começou a realizar jogos amistosos para se manter em atividade, sob o comando técnico de Leocádio Consul.

AMISTOSOS – Estes jogos amistosos marcaram a trajetória do Mafra Atlético Clube, recebendo equipes de ponta do futebol paranaense, bem como do Rio Grande do Sul, entrou para a história, mostrando a força do plantel.

Foram vários jogos amistosos, principalmente contra o Coritiba Foot Ball Club, rendeu até matéria especial no Jornal a Noticia de Joinville do colunista Maceió, devido à invencibilidade contra este clube paranaense (duas vitórias, 02 x 01 e 01 a 00).

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Um jogo que ficou marcado contra o Coxa, que virou manchete no Jornal a Noticia de Joinville, foi no dia 19 de junho de 1981, tendo por local o acanhado estádio Alfredo Herbst (confira fotos deste jogo)

Naquela época o estádio possuía duas arquibancadas de madeira e outra coberta de telha de barro, atrás do gol de entrada, bem como uma lateral do campo e a cabine de rádio era dentro do campo, como mostra as fotos nessa reportagem.

Neste amistoso contra o Coxa no dia 19 de junho de 1981, a equipe paranaense trouxe a Mafra seu plantel principal, com 10 jogadores que disputaram a Série Ouro do Brasileiro da época, dentre eles, Tecão, Vavá, Zanata, Eli Carlos, Tadeu Macrine e a dupla de atacantes Capitão e Bozó (ex-Guarani de Campinas).

O Mafra Atlético Clube sob o comando técnico de Leocádio Consul, trazia reforços do Pinheiros de Curitiba para estes jogos amistosos, o goleiro Julio Cesar o lateral esquerdo Dantas, os meios campista Toninho e Ribamar, este jogou mais tarde no Palmeiras, Corinthians e Sport Recife, entre outras.

Completava o plantel do Mafra AC, os jogadores da casa, Hilário, Gile, Nelsão (Itaiópolis), João Carlos, Nelinho, Jefferson, Franco, Airton Torto, Serginho, Tostão e alguns dos juniores, entre outros.

Conforme matéria vinculada na Noticia de Joinville, a equipe mafrense poderia liquidar com o jogo ainda no primeiro tempo, através do centroavante Franco, mas o mesmo não aproveitou as chances claras de gols.

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O árbitro da LMD, Jaime Miguel, marcou pênalti para o Mafra Atlético Clube, marcação muito contestada pela equipe do Coxa e foi demorada para a cobrança, muita reclamação.

O meio campista Toninho aos 20 minutos foi para a cobrança e deslocou o goleiro Zé Carlos (foto), fazendo 01 a 00, placar do primeiro tempo.

No segundo tempo o árbitro Jaime Miguel da LMD, compensou o pênalti assinalado para o MAC e marcou falta, dentro da área de Hilário, no centroavante Tadeu Macrine e o meio campista Eli Carlos, deixou tudo igual 01 a 01.

Aos 21 minutos do segundo tempo o atacante Airton Torto, recebeu um lançamento do meio campista Jefferson e fez o gol da vitória do MAC, pelo placar de 02 a 01. Foi mais uma vitória mafrense diante da forte equipe do Coritiba, para uma renda estimada de 250 mil cruzeiros. Foi a segunda derrota do Coxa em Mafra, a primeira foi pelo placar de 01 a 00.

MAC – O Mafra AC alinhou nesta vitória por 02 a 01, frente ao Coxa, com: Júlio Cesar, Hilário, Nelsão, Gile, João Carlos, Nelinho, Toninho, Jefferson (Tostão), Serginho (Paulinho), Franco e Airton Torto. Técnico: Leocádio Consul

COXA – O Coxa se apresentou em Mafra, com: Zé Carlos, Tecão (Fernando), Silvestre, Vavá, Valdemir, Zanata, Eli Carlos, Valderez, Capitão, Tadeu Macrine (Perivaldo) e Bozó. Técnico: Krueger.

Com mais uma derrota sofrida a diretoria do Coxa, queria a revanche numa quinta-feira a noite no estádio Couto Pereira em Curitiba. A diretoria do Coxa queria este jogo em Curitiba, para provar que estas derrotas sofridas, seriam por causa do acanhado estádio Alfredo Herbst.

A diretoria do MAC, através de Tutão, espertamente, para se livrar desse compromisso, alegou estar com a agenda lotada de compromissos e cobrou um cachê de 200 mil cruzeiros da época, para se deslocar até Curitiba.

A diretoria do Coxa não aceitou a proposta e este amistoso em Curitiba não foi realizado, onde os jogadores do MAC, poderiam ganhar um dinheiro extra com o bicho por partida amistosa, como frisou Airton Torto, contribuindo nesta reportagem.

Em conversa com Leocádio Consul, estava tudo certo para esta revanche em Curitiba, vários juniores do Pinheiros, reforçariam a equipe do MAC e iríamos vencer dentro do Couto Pereira, frisou Leocádio por telefone a nossa reportagem.

JOGOS AMISTOSOS – Confira alguns dos principais amistosos que o MAC, realizou no estádio Alfredo Herbst que marcou sua trajetória no futebol catarinense: MAC 02 x 01 e 01 x 00 – Coritiba Foot Ball Club. MAC 02 x 02 Colorado de Curitiba MAC 00 x 00 Pinheiros de Curitiba. MAC 00 x 00 Matsubara de Cambará. MAC 00 x 02 Atlético Paranaense. Mafra 05 x 02 Iguaçu de União da Vitória e MAC 04 x 01 Aimoré de São Leopoldo/RS, entre outros jogos.

MESA REDONDA – Estes amistosos realizados pelo Mafra Atlético Clube, contra os grandes de Curitiba, renderam até uma entrevista na TV Paranaense de Futebol no programa Mesa Redonda, tinha a frente o repórter o saudoso Dirceu Graeser.

Compareceram no programa o técnico Leocádio Consul e o presidente Álvaro Weber, responderam muitas perguntas, sobre a força do MAC, diante de sua torcida, onde somente foi derrotado pelo Atlético Paranaense por 02 a 00.

São bonitas histórias do futebol mafrense, onde o torcedor leva junto consigo estas lembranças. Eu como repórter esportivo dos Jornais, Gazeta Riomafra, Gazeta Itaiópolis e Gazeta de Quitandinha e Campo do Tenente, fico lisonjeado de poder resgatar estas lembranças aos leitores e aos meus cinco mil amigos do meu Facebook.

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1 COMENTÁRIO

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  1. Sinto saudades do MAC, embora morador do litoral. Na época aurea do MAC presidido por Alvaro Weber, vi o clube jogar e me agradou. Chega de Operário, pois com este nome existem dezenas no Brasil. VOLTE MAC , para bem representar sua cidade.Operario e Pery podem disputar os campeonatos da liga.
    Lembrem-se que Mafra e Rio Negro, cidades conurbadas tem aproximadamente 100 mil habitantes.
    Baln.Camboriú,25 de setmbro de 2020.
    PAULO ROBERTO FREYESLEBEN

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