Sergio Mafra fez história no futebol catarinense jogando 10 anos como profissional

Por Miguel Luiz - 07/08/2017

A cidade de Mafra, que estará comemorando, no dia 08 de setembro, 100 anos de história em Santa Catarina, sempre foi um celeiro de grandes jogadores, muitos deles marcaram no futebol brasileiro.

Um dos grandes jogadores, que por aqui surgiu e marcou no futebol brasileiro, sem dúvida alguma é o lendário Leocádio Consul, que dispensa comentários, entre tantos outros, como Luiz Carlos Gomes de Oliveira “Camisetaâ€, defendeu o manto do Vasco da Gama do Rio de Janeiro, ambos saíram da Vila Ivete.

Dentre os muitos jogadores, que deram seus primeiros passos nos campinhos de várzea em mafrense, trazemos uma reportagem, como uma homenagem por tudo o que ele representou para Mafra e para o futebol catarinense, mas precisamente em Itajaí, onde marcou seu nome no futebol, defendendo as cores do Marcílio Dias e do Almirante Barroso.

Estamos falando de Sérgio Roberto Gorniski, conhecido no mundo da bola, como Sérgio Mafra, nascido em 25 de abril de 1948 em Canoinhas, filho de Evaldina e Valdemiro Gorniski, ambos já falecidos. A mãe Evaldina nasceu em Canoinhas e o pai Valdemiro em Três Barras, onde tiveram cinco filhos, sendo quatro deles nascidos em Mafra.

Em 1949, a família Gorniski, se transferiu para a cidade de Mafra, criando raízes e são mafrenses de coração, onde o único filho Sérgio Roberto, estava apenas com 01 ano de idade, começava nessa cidade a construir sua bonita história no futebol catarinense.

Filho de família desportista, seu pai Valdomiro Gorniski, sempre esteve envolvido no futebol, trabalhava na empresa Comenag, terceirizada da rede ferroviária e pegou paixão pelo Peri Ferroviário Esporte Clube.

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Seu Valdemiro que tinha no sangue o futebol, esteve sempre ligado ao Peri Ferroviário Esporte Clube, antes de falecer, não perdia um jogo de seu neto Luiz Eduardo Petreça “Luizinhoâ€, fez história no futsal de Mafra e do Brasil e uma passagem pela Europa no futsal da Rússia.

Para o canoinhense Sergio Roberto Gorniski, que adotou a cidade de Mafra, como sua terra natal, mais conhecido como Sérgio Mafra, para ele, Leocádio Consul foi um craque, onde o mesmo teve a honra de jogar ao seu lado, somente uma vez, num jogo amistoso Peri e Coritiba.

PRIMEIROS PASSOS – Os primeiros passos para brilhar no futebol profissional, foi no time de moleque da equipe do Continental Esporte Clube, tinha como técnico seu pai Valdemiro Gorniski.

Foi no ano de 1959, esta equipe de jovens, jogava no campo dos 07 de setembro na Vila Argentina, hoje pertencente ao Clube Milionários da Bola.

Naquela equipe de moleque jogavam Sergio Gorniski (Hoje Sérgio Mafra), Helitin Kowalski, Aldory Bannaek, Douglas Pinto de Oliveira (conhecido por Lile), Neo, Side Pinto de Oliveira, Nataniel Kuthen, Alfredo Krassota, Toninho Lucinda, Toninho Garcia, Dinarte Pinto de Oliveira, Darci Gilgen, Alois Rodakiewicz (Conhecido por Geada) e Mauro Henning, entre outros.

Depois esta equipe se aliou com o Time Ãgua Verde (jogavam no campo, mais conhecido como banhado na Vila Ferroviária), tinha como destaques, Zezo Lazzari, Acir Fernandes (Chumbinho), Wilson Stall, Dircinho Stall e Wilson Screnski.

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Todos estes moleques mais tarde fizeram parte da equipe do juvenil do Operário. Poucos jogaram na equipe principal, entre eles o Sérgio Mafra, que defendeu somente o Peri Ferroviário Esporte Clube.

O COMEÇO DE TUDO – No dia 05 de agosto de 1966, curiosamente na data do aniversário de sua mãe Evaldina, por indicação de seu amigo João Arlindo, natural de Itajaí, na época funcionário do Banco do Brasil em Mafra, se transferiu para o Marcílio Dias, aonde ali começava sua vitoriosa carreira.

Na época Sérgio Gorniski, mais conhecido como Sérgio Marrom, apelido que ganhou em Mafra, pois só ganhava roupas marrons dos seus pais, trabalhava na Rede Ferroviária e jogava pelo Peri Ferroviário Esporte Clube e também brilhava no futebol de salão, hoje futsal.

João Arlindo viu futuro neste jovem jogador e sabendo de suas qualidades técnicas o indicou para o Marcílio Dias de Itajaí, tinha como presidente na época Célio Moreira e Aducci Vidal como técnico.

Já no primeiro treinamento coletivo o então Sérgio, que o acordo era uma semana de testes, impressionou e aos 18 anos, ainda não trabalhava, apenas jogava futebol profissional, fez s seu primeiro contrato na equipe principal do Marcílio Dias.

Como já tinha um Sérgio no plantel, foi batizado pelo radialista Silvio Kurtz, como Sérgio Mafra, devido ser oriundo da cidade mafrense, onde ganhou fama com este nome no Marcílio Dias e Barroso, jogando por 10 anos como profissional.

ESTREIA – Sua estréia com a camisa do Marcilio Dias no Catarinense foi contra o Comerciário de Criciúma, derrota por 01 a 00. O Comerciário tinha como destaque o ponta direita Valdomiro, brilhou mais tarde no Internacional de Porto Alegre e defendeu as cores da Seleção Brasileira

SELEÇÃO DA BULGÃRIA – No dia 17 de maio de 1968, a seleção da Bulgária em preparativos para a Copa do Mundo de 1970, aonde o Brasil foi tri-campeão mundial, jogou amistosamente na cidade de Itajaí, no estádio Camilo Mussi do Barroso, hoje em grama sintética.

Jogando contra um combinado de jogadores do Marcílio Dias, Barroso e Sociedade Estivadores, dentre os convocados Sérgio Mafra. Um jogo que ficou marcado em Itajaí a seleção da Bulgária, venceu o combinado itajaiense por 03 a 01.

Além de brilhar com as cores do Marcílio Dias que se licenciou em 1971, se transferiu para o Barroso, onde disputou dois campeonatos catarinenses.

Com a volta do marinheiro em 1974, o meio atacante Sérgio Mafra, voltou ao Marcílio Dias a convite do diretor Wilson Almeida.

ENCERROU CARREIRA – Na década de 70, após uma brilhante carreira de 10 anos de sucesso, vestindo as cores do Marcílio Dias e Barroso, com seus 28 anos de idade, sentindo que não havia mais perspectivas, encerrou sua carreira profissional, mas propriamente no dia 20 de janeiro de 1977.

A partir de encerrar definitivamente sua carreira profissional, Sérgio Mafra, começou a jogar suas peladas, onde tem orgulho de frisar que durante sua carreira profissional, foi expulso somente em duas oportunidades.

HOMENAGEADO – No mês de março de 2010, na festa do aniversário do Clube Náutico Marcílio Dias foi à homenagem aos ex-craques do clube, que receberam o título de “Atleta Laureadoâ€.

A torcida compareceu ao Gigantão das Avenidas e aplaudiu os 29 jogadores que fizeram história na Marcilio Dias, dentre eles, Sérgio Mafra, um reconhecimento pela diretoria do clube.

O presidente Abelardo Nunes Lunardelli na época fez questão de frisar que a torcida e os atletas que defenderam as cores do Marinheiro são a história viva do clube. “O nosso trabalho é muito pequeno, se comparado as grandes glórias que estes atletas nos deramâ€, destacou.

Hoje morando em Itajaí há 51 anos, aposentado desde 1997, com seus 69 anos de idade, casado com a itajaiense Célia, três filhos todos encaminhados, criou raízes, assim como na cidade de Mafra, quando veio para cá com 01 ano de idade, onde tudo começou para sua brilhante carreira profissional.

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2 COMENTÃRIOS

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  1. Boa noite! Gostei muito desta matéria pois lembro desse time ao qual meu Pai fez parte! Mário de Araújo Silva filho.

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