
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) faz um trabalho contínuo e incessante de acompanhamento da situação dos mananciais superficiais e subterrâneos utilizados em todo o Estado do Paraná. “Um dos instrumentos que utilizamos é o InfoHidro, um sistema de monitoramento criado em parceria com o Simepar. O que constatamos é que, atualmente, o alerta principal está nos mananciais de cidades localizadas nas regiões Central e Oeste do Estado. Porém, o Paraná todo passa por um longo período de estiagem e de seca, com volumes de chuvas menores do que o esperado”, explica o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky.
Segundo ele, é importante evitar desperdícios de água tratada. “As ações para o uso racional da água precisam estar sempre presentes em nossas vidas, estejamos ou não numa estiagem. A água é um bem precioso, que não pode ser mal usado em nenhum momento. No entanto, agora, o cuidado com a água se faz ainda mais necessário. E não apenas nas regiões Central e Oeste do Estado, onde os mananciais apresentam mais baixas, mas em todo o Estado. Isso precisa fazer parte dos nossos hábitos”, diz o diretor.
Analisando os dados atuais e as previsões de chuva, o diretor relata exemplos de situações que comprovam a necessidade desses hábitos de cuidados com a água. “Em Vitorino, a situação é de seca no Rio Vitorino, que tem permanecido em regime de seca e, em Francisco Beltrão, o Rio Marrecas está com volume bem baixo. Em Curitiba, por exemplo, eram esperados mais de 120 milímetros de chuva nos últimos 30 dias e o volume que caiu nesse período foi cerca de 40 milímetros. Na Capital, barragens auxiliam nos períodos de estiagem, especialmente nos meses de inverno, quando, naturalmente, as chuvas são muito mais escassas. Somente a partir de setembro, ou seja, daqui a quase quatro meses, é que iniciarão as chuvas de primavera, que deverão ser mais abundantes, trazendo maior volume de água armazenada em barragens”, detalha Gonchorosky.