Vacina de Oxford atinge 90% de eficácia, diz laboratório

Por Assessoria - 26/11/2020

A vacina contra Covid-19 desenvolvida no Reino Unido pela Oxford University e o laboratório AstraZeneca pode proteger 70,4% das pessoas contra o novo coronavírus. Essa patamar pode chegar a 90% se uma dose for utilizada antes de uma eventual contaminação, segundo estudos preliminares.

A vacina Oxford é a terceira a produzir resultados de eficácia, seguindo a Pfizer/ BioNTech e Moderna, cujas vacinas foram feitas com uma tecnologia diferente. Ambos relataram quase 95% de eficácia e a Pfizer solicitou uma licença nos EUA e no Reino Unido para sua distribuição o mais rápido possível.

Embora os resultados de Oxford possam não parecer tão bons imediatamente, os cientistas dizem que não são comparáveis, porque seus estudos incluíram pessoas que ficaram levemente doentes, bem como gravemente doentes, ao contrário dos testes feitos com outras vacina. Jornais internacionais e nacionais, como o jornal365.com, têm acompanhado a produção dos imunizantes.

O Reino Unido pré-encomendou 100 milhões da vacina produzida em Oxford, que é fundamental para seus planos de vacinação contra a pandemia. A produção já começou e 4 milhões de doses foram fornecidas até agora, que não podem ser usadas até que a vacina seja licenciada por agências reguladoras do país.

É importante ressaltar que a vacina produzida em Oxford pela AstraZeneca funciona tão bem em pessoas mais velhas como em grupos mais jovens e é totalmente segura.

“O anúncio nos leva mais perto do momento em que podemos usar vacinas para acabar com a devastação causada pela [Covid-19]”, disse a professora Sarah Gilbert da Universidade de Oxford, que liderou a pesquisa.

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“Continuaremos trabalhando para fornecer informações detalhadas aos reguladores. É um privilégio fazer parte deste esforço multinacional, que vai trazer benefícios para todo o mundo ”, completou a cientista.

Os cientistas não conseguiam explicar por que uma primeira dose mais baixa parecia oferecer uma proteção melhor. Aqueles que receberam meia dose ou a dose completa atingiram 90%de proteção. No grupo maior, com duas doses completas,  a eficácia foi de 62%.

“Achamos que, ao dar uma primeira dose menor, estamos preparando o sistema imunológico de forma diferente – estamos configurando-o melhor para responder ao imunizante. Isso pode ter alguma influência, mas é algo que ainda estamos verificando”, disse o professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group e investigador-chefe do estudo.

A análise provisória é baseada em 131 infecções entre os participantes, metade dos quais recebeu a vacina, enquanto o restante, em um grupo de controle, recebeu uma vacina contra meningite comprovada. A AstraZeneca ainda está coletando dados.

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