Vacinação: trabalhadores dos supermercados poderão ser incluídos no grupo prioritário no Paraná

Por Assessoria - 22/06/2021

Os supermercados, com todas as restrições e cuidados adotados, bem como pela natureza da sua atividade comercial, imprescindível nesta pandemia da Covid-19, mantiveram seu funcionamento ao longo desse período.

Os trabalhadores nesses estabelecimentos – caixas, empacotadores e repositores de mercadorias – não pararam, não puderam trabalhar de casa e continuaram se deslocando aos locais de trabalho para desempenho das suas funções. Por esse motivo, encontram-se entre as categorias mais expostas ao contágio da Covid-19.

De acordo com dados de um estudo sobre “excesso de óbitos”, publicado em abril no jornal El País, comparando indicadores de janeiro e fevereiro deste ano com o mesmo período do ano passado no Brasil, essa categoria profissional registrou 67% a mais de mortes em 2021 do que em 2020. Segundo a reportagem, os epidemiologistas costumam usar o conceito de “excesso de óbitos” para avaliar o impacto da doença sobre a vida da população.

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), por meio de dois requerimentos protocolados na sessão remota da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) desta terça-feira (22), solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (SESA) a inclusão dos trabalhadores de supermercado, assim como os feirantes e as lactantes, entre os grupos prioritários para vacinação no Paraná. “Eles estão diariamente em contato direto com um grande número de pessoas e precisam manusear muitos itens, cuja higienização individual é impossível”, diz o texto do pedido protocolado pela parlamentar.

A deputada ainda lembra que diante da carência de vacinas e da impossibilidade da vacinação em massa, faz-se necessário possibilitar que os trabalhadores que realizam atividades essenciais à sobrevivência da população possam logo ser imunizados. “Priorizar a vacinação dos trabalhadores de supermercados, mercados, mercearias, feiras permanentes de alimentos, significa valorizar os mesmos, bem como demonstrar a essencialidade do seu trabalho”, argumenta Luciana.

Ela defende também a imunização das mulheres que estão amamentando como forma de promover a saúde das crianças, multiplicando os efeitos da vacina e a produção de anticorpos em defesa da vida de mães e seus filhos. No requerimento, a deputada cita estudos da OMS – Organização Mundial da Saúde – e da SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria -, que evidenciam e recomendam a vacinação das mulheres que amamentam para produção imunológica das crianças. Além disso, por meio dos diversos programas de banco de leite que existem, aumentam-se as possibilidades de estender esses benefícios e levar mais longe as esperanças de um enfrentamento com mais efetividade sobre a disseminação do novo coronavírus entre a população paranaense.

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