ONGs afirmam que exploração do xisto na região também trará impactos ambientais em Itaiópolis

Por Gazeta de Itaiópolis - 20/04/2019

Aconteceu na última semana, no salão da Capela de Augusta Vitória no vizinho município de Mafra uma reunião para discutir a luta contra a exploração do xisto na nossa região coma presença de ONGs ambientais e ambientalistas.

O objetivo da reunião foi de conscientizar a população dos riscos que a extração do minério pode trazer, principalmente na contaminação da água e dos aquíferos presentes na região. O encontro foi organizado pela PRORIOS, de Papanduva.

Segundo as Organizações Não-Governamentais a situação é muito delicada para todas as 25 cidades da região. Todas elas, inclusive Mafra, serão impactadas de forma indireta caso a empresa Irati Energia venha a proceder a mineração do xisto. “O município não recebe os recursos suficientes para reparar o estrago que será feito [pela exploração]”, contam.

Segundo eles, a extração do óleo de xisto é extremamente danosa ao meio ambiente e por mais que muitos pensem que pode gerar impostos e alavancar a economia da região, a atividade traz prejuízos para a saúde das pessoas e animais, além de colocar em risco a água, o ar e o solo da região.

A Irati Energia recebeu uma outorga do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, para a exploração do mineral em nossa região. No momento eles estão realizando pesquisas e levantamentos técnicos, para posteriormente solicitar a licença ambiental. A área maior da extração será em Papanduva, mas uma parte do interior de Mafra também seria explorado.

Na reunião os ambientalistas mostraram as questões técnicas quanto a exploração do xisto e seus malefícios, como a poluição da água, do ar e do solo da região. Alertaram ainda a população do aval social dentro do licenciamento ambiental. “A população não pode deixar a decisão apenas nas mãos dos políticos”, alertam.

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A reunião foi promovida pela Associação de Proteção da bacia do rio São João e da bacia do Rio Papanduva (PRORIOS) e contou com a participação de outras entidades como a Ong 350.org.

PREFEITURA DE PAPANDUVA EMITE NOTA DE REPÚDIO

A Prefeitura de Papanduva, onde as empresas que pretendem explorar a mineração de xisto vem atuando desde 2013, emitiu uma nota. A nota é contra as empresas Grupo Forbes & Manhattan no Brasil, Irati Petróleo e Energia Ltda, lrati Energy LLC, Forbes Empreendimentos Minerais Ltda, Golder Associates INC. e Golder Associates Brasil Consultoria e Projetos Ltda, que passaram a pesquisar e explorar a rocha betuminosa para extração do óleo e o gás de xisto, sem prestar os devidos esclarecimentos e informações à população do município.

Na nota a Prefeitura repudia a formas com as empresas vêem abordando o assunto e a população. Segundo a nota o repúdio é porque a empresa não fez previamente a exposição detalhada em audiência pública à população diretamente afetada. Não explica a forma como obtive os licenciamentos dos órgãos públicos, quais os direitos dos proprietários das áreas servientes para tais pesquisas, e não esclarecem quais as possíveis consequências que adviriam do êxito e aprovação de suas análises, inclusive alertando-os da possibilidade de futuramente programar-se a extração minerária e serem definitivamente afetados.

Desde então, os moradores de Papanduva contam que a empresa está invadido propriedades, monitorando a região por meio de drones, sem a devida autorização.

A nota completa está disponível no link: https://www.papanduva.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/546403/codMapaItem/18206

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