29 de outubro: Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Por Redação Click Riomafra - 29/10/2017

O corpo humano é a máquina mais fantástica que existe. Cheio de mecanismos e funções complexas, nosso organismo opera o tempo todo para que, a partir dele, possamos desfrutar da vida. Mas, como toda máquina, alguns cuidados são necessários para garantir o bom desempenho e as medidas de precaução são a base que permite melhores diagnósticos e tratamentos, quando há necessidade.

Pensando nisso, no dia 29 de outubro de 2006, a Organização Mundial da Saúde (OMS), aliada à Federação Mundial de Neurologia, definiram a data como o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo o Ministério da Saúde, o AVC é a segunda doença que mais causa mortes no Brasil e a principal causa de incapacidade no mundo, a cada 5 minutos um brasileiro morre em decorrência do AVC.

O QUE É O AVC?

Quando falamos no Acidente Vascular Cerebral, temos consciência da gravidade na qual se enquadra o problema, porém, nem sempre sabemos exatamente do que se trata. O AVC também é conhecido popularmente por “derrame cerebral” e acontece quando há uma obstrução em um dos vasos sanguíneos presentes no cérebro. Quando isso ocorre, a parte do cérebro atingida começa a ser destruída.

Existem muitos fatores que podem ser alterados para que o indivíduo não venha a sofrer com um AVC, como a regulação da hipertensão, diabetes, colesterol elevado, excesso de peso, fumo e sedentarismo. O histórico familiar de ataques de AVC também é levado em consideração.

12 SINTOMAS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR UM AVC

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Os sintomas de um acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame ou AVE, podem surgir de uma hora para outra, e dependendo da parte do cérebro que é afetada manifestam-se de forma diferente.

Porém, existem alguns sintomas que podem ajudar a identificar este problema rapidamente, como:

  1. Dor de cabeça intensa que surge de repente;
  2. Diminuição da força de um dos lados do corpo, que é visível no braço ou na perna;
  3. Perda da sensibilidade de uma parte do corpo, não identificando o frio ou calor, por exemplo;
  4. Dificuldade em permanecer de pé ou ficar sentado, pois o corpo cai para um dos lados, não conseguindo andar ou ficar arrastando uma das pernas;
  5. Alterações da visão, como perda parcial da visão ou visão embaçada;
  6. Rosto assimétrico, com boca torta e sobrancelha caída;
  7. Dificuldade para levantar o braço ou segurar objetos, pois o braço fica caído;
  8. Fala embolada, lenta ou com um tom de voz muito baixo e muitas vezes imperceptível;
  9. Movimentos incomuns e descontrolados, como tremores;
  10. Sonolência ou mesmo perda de consciência;
  11. Perda de memória e confusão mental, não sendo capaz de realizar ordens simples, como abrir os olhos e, podendo ficar agressivo e não saber referir a data ou o seu nome, por exemplo;
  12. Náuseas e vômitos.

Apesar disso, o AVC também pode acontecer sem gerar qualquer sintoma visível, sendo descoberto em exames que são realizados por um outro motivo qualquer. As pessoas que possuem maiores chances de ter um AVC são aquelas que tem pressão alta, excesso de peso ou diabetes e, por isso, devem fazer consultas regulares no médico para evitar esse tipo de complicações.

O QUE FAZER EM CASO DE SUSPEITA?

Em caso de suspeita de estar ocorrendo um AVC deve-se fazer o exame SAMU, que consiste em:

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Geralmente, as pessoas que estão sofrendo um AVC não conseguem realizar as ações pedidas neste teste. Assim, caso isso aconteça, deve-se deitar a vítima de lado em um local seguro e chamar o SAMU ligando para 192, ficando sempre atento se a vítima continua respirando normalmente e, no caso de deixar de respirar deve-se iniciar a massagem cardíaca.

QUAIS PODEM SER AS SEQUELAS DO AVC?

Após um AVC o indivíduo pode ficar com sequelas, que podem ser ligeiras ou muito graves e que, devido à falta de força, o podem impedir de andar, vestir ou comer sozinho, por exemplo.

Além disso, outras consequências do AVC incluem dificuldade em comunicar ou em compreender ordens, engasgamentos frequentes, incontinência, perda de visão ou mesmo comportamentos confusos e agressividade, o que dificulta a relação com a família e amigos.

Desta forma, é muito importante fazer o tratamento das sequelas do AVC, que é feito com sessões de fisioterapia que ajudam a recuperar os movimentos, sessões de terapia da fala para estimular a comunicação e sessões de estimulação cognitiva para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo.

Para evitar estas sequelas o mais importante é mesmo impedir que o AVC aconteça. Por isso, aprenda o que pode fazer para reduzir o risco de ter um AVC.

A LUTA EM MAFRA

Em Mafra e região, o Hospital São Vicente de Paulo investe numa unidade específica para o combate ao AVC, sabendo que é importante estar preparados para atender com excelência quem busca pelos serviços nesses momentos de necessidade. Há dez meses está em funcionamento uma unidade especial (Unidade de AVC) para atendimento aos pacientes com acidente vascular cerebral, com 10 leitos exclusivos e uma equipe preparada para atender às especificidades desses casos.

O serviço é coordenado pelo Neurologista Clínico, Dr. Marcos Debiasi e pelo Neurocirurgião Dr. Michael Ricardo Lang em conjunto com equipe multidisciplinar de enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicologia, assistente social e fonoaudiologia especializada prestando atendimentos da unidade. As instalações são modernas e especialmente adequadas para o tratamento desses pacientes. Durante seu período de funcionamento, foram 395 internações.

O Hospital São Vicente de Paulo é o único hospital da região do planalto norte catarinense que realiza o tratamento do AVC na fase aguda chamado de trombólise, no qual o paciente pode ter todos seus sintomas revertidos se chegar ao hospital em até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas, prevenindo sequelas graves ou até mesmo a morte. Com a inauguração do novo Centro de Hemodinâmica esse intervalo de tempo pode ser estendido até 6 horas. O Hospital São Vicente de Paulo sai na vanguarda do tratamento para o AVC no estado de Santa Catarina, sendo um dos poucos centros do estado tecnicamente habilitados a prestar esse serviço, disponível para pacientes do SUS, convênios e particulares.

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