Artista plástica Miriam Mamber visita Mafra, cidade onde cresceu

A artista plástica Miriam Mamber, curitibana de nascença, que hoje mora em São Paulo, mas que tem fortes raízes em Mafra, cidade onde viveu por 12 anos e onde sua família desenvolveu atividades comerciais – a Comercial Mamber –, esteve na manhã do último dia 18 revendo amigos e lugares especiais. Na ocasião aproveitou para manter contatos com empresários locais e visitou o prefeito Wellington Bielecki, a quem entregou o livro “O salto para a vida”, que conta a história da mãe, Léa Mamber, uma imigrante polonesa que veio para o Brasil em 1946 e se estabeleceu em Mafra. A visita foi acompanhada por representantes do Rotary Club de Mafra.

Miriam é jornalista, formada na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, mas também cursou História da Arte, na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, além de outros cursos como de Artes Plástica, de gemeologia e de identificação de diamantes. Hoje trabalha com design de jóias, nas quais gosta de utilizar elementos como as Araucárias. Ela iniciou na arte ainda criança, quando manuseava os materiais que seu pai comercializava no armazém de secos e molhados. Suas obras são produzidas de forma artesanal.

“Sempre que venho à Lapinha, dou uma passada em Mafra para rever os lugares e amigos”, explicou.  Ao se dar conta de que a cidade que passou parte da sua infância completará 100 anos no próximo ano, decidiu que fará uma obra em homenagem à significativa data.

O prefeito Welington Bielecki agradeceu a honrosa visita e o presente recebido. “Ficamos felizes quando conhecemos uma figura mafrense que se destaca em outros estados brasileiros e até internacionalmente, mas que apesar do sucesso e dos outros ares por onde tem passado, ainda assim mantém o amor pela terra onde cresceu e na qual recebeu de seus pais os valores para a formação do seu caráter”.

Salto para a vida

Miriam Mamber presenteou o prefeito com o livro sobre a história de sua mãe, Léa Mamber, escrito por Célia Valente. A obra foi organizada pela filha para deixar a história registrada. “Quis que meus filhos e netos soubessem a história dos avós, de como eles chegaram ao Brasil com uma mão na frente e outra atrás e ainda assim conseguiram ‘se fazer’ na vida”, declarou. O livro em questão é utilizado em escolas de ensino fundamental, em São Paulo, onde Miriam realiza palestras.  Nas palavras da autora, o livro “é uma história de vida e morte. Interessa a todos. Mais: é uma história, vitoriosa, da vida sobre a destruição”.