Caso Heloisa completa um ano e 14 profissionais são indiciados por homicídio culposo e omissão

Por Gazeta de Riomafra - 19/07/2018

A morte do neném Heloisa Matias Lisboa ainda está na memória de todos. Ninguém aceitou o fato de um bebê de um ano e 20 dias ter chegado a óbito por falta de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado de Santa Catarina (SAMU). Na época Heloisa precisava ser transferida para um hospital em Joinville, fato que não ocorreu devido a falta de combustível nas ambulâncias.

O caso foi denunciado pelo tio de menina que postou nas redes sociais um vídeo denunciando expondo toda a situação que envolveu o atendimento da sua sobrinha.

E agora um ano após o lamentável fato a Polícia Civil indiciou 14 profissionais por homicídio culposo (sem intenção de matar) e por omissão.

Segundo o delegado responsável o caso está encerrado e a demora na conclusão foi devido a promotoria ter solicitado mais informações sobre o item negligência. O processo segue agora no Fórum de Mafra.

RELEMBRE O CASO

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O fato ocorreu há uma ano, na época Heloísa foi internada no Hospital São Vicente de Paulo (HSPV) com quadro de pneumonia. Após 24 horas o quadro clínico da criança piorou necessitando fazer o internamento dela na UTI. Como o HSPV não possui UTI infantil, foi solicitada uma vaga no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria em Joinville, que atendeu o pedido prontamente.

Após a confirmação da vaga começou o sofrimento da família, pois o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mafra informou que a ambulância não poderia fazer o transporte da paciente por falta de combustível. Solicitaram então o serviço do SAMU de Rio Negrinho e foram informados que a ambulância estava sem médico e também não poderia fazer o translado.  Quando pediram para o SAMU de Canoinhas levar à paciente foram informados que a ambulância só poderia ir até Rio Negrinho, pois também estava com falta de combustível, e em Rio Negrinho uma ambulância de Jaraguá do Sul completaria o transporte.

Mesmo com apelos dos pais que queriam a todo o custo abastecer as ambulâncias o SAMU informou que o abastecimento não poderia ser feito por terceiros e o translado da bebê Heloísa Mathias Lisboa levou cerca de 15 horas, quando o tempo médio de viagem entre Mafra e Joinville é de duas horas.

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