Conselho Tutelar reúne entidades para debater situação da criança indígena
Para introduzir o tema, o engenheiro agrônomo indigenista da Funai, Edívio Battistelli, contou um pouco de sua experiência com tribos em outras cidades do país e da importância de respeitar a identidade cultural do indígena
Há 7 anos - Atualizado em
Por Gazeta de Riomafra
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Na tarde da última terça-feira, 21, o Conselho de Tutelar de Mafra (CT) reuniu vários órgãos de Mafra e Rio Negro para debater questões e sanar dúvidas a respeito da situação de crianças indígenas kaingang que estão alocadas em Mafra com suas famílias. Para introduzir o tema, o engenheiro agrônomo indigenista da Funai, Edívio Battistelli, contou um pouco de sua experiência com tribos em outras cidades do país e da importância de respeitar a identidade cultural do indígena. “Devemos respeitar a manifestação da vontade social dos índios de viver nos centros urbanos. Há legislação para isso, que promove um pouco mais esse processo de inserção”, explicou o indigenista paranaense. Ele também explanou sobre a questão de moradias dignas e da vulnerabilidade das crianças indígenas nas cidades.

VULNERABILIDADE DA CRIANÇA INDÍGENA

Em seguida, foi colocado em pauta a situação da criança indígena: “como os conselheiros devem agir quando se deparam com uma situação de vulnerabilidade envolvendo esta criança?”. O procurador da república, Rui Maurício Ribas Rucinski, analisou a questão e disse que a responsabilidade na criação da criança é dos pais, mas que há limites, e se estes forem ultrapassados o CT vai agir. No caso das crianças indígenas, ele falou que o Conselho Tutelar tem autoridade para agir, mas deve consultar o cacique. “Devem ser respeitadas as particularidades culturais e as peculiaridades do sistema jurídico da tribo. A manifestação do cacique deve ficar formalizada, e não exclui a autoridade do conselho e dos juízes, a fim de garantir os direitos da criança e do adolescente”, pontuou, dizendo que o cacique e conselho podem realizar a “construção da solução”. O conselheiro Fábio disse durante a reunião que era necessário este debate com os órgãos e autoridades, devido a muitas denúncias recebidas. “Acredito que foi produtivo, pois saímos com projetos concretos tanto da Funai como da Administração Municipal. Esta reunião foi um momento histórico para nosso município”.

OUTRAS DELIBERAÇÕES

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Aproveitando a reunião dos diversos órgãos: Ministério Público – promotores, juízes, procuradores e demais servidores -, Polícia Militar, Funai, membros da Administração Municipal das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social e Habitação – CREAS, CRAS, NASF -, Procuradoria Geral do município, Conselho Tutelar de Rio Negro, entre outros, foi falado sobre a questão de delimitação de terra para os índios que se encontram acampados em terreno próximo à rodoviária de Mafra.

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