A Rede Municipal de Ensino de Mafra reafirma seu compromisso com a promoção da equidade e da inclusão ao desenvolver, ao longo deste ano, uma série de ações voltadas à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). Todas as 30 escolas municipais, abrangendo desde o Berçário até o 9º ano, realizaram projetos e atividades com foco na valorização da cultura africana e afro-brasileira, no enfrentamento ao racismo e no fortalecimento de práticas pedagógicas antirracistas.
Em Mafra, essas diretrizes vêm se transformando em realidade por meio de centenas de atividades elaboradas pelas unidades escolares. Os projetos envolveram todos os componentes curriculares e promoveram debates, produções artísticas, pesquisas, rodas de conversa, releituras históricas, ações culturais e vivências que ampliam o entendimento das contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros para a sociedade.
A participação integral das escolas demonstra o compromisso do município com a construção de uma educação antirracista, que reconhece e valoriza as múltiplas identidades culturais presentes na comunidade escolar. “As atividades desenvolvidas pelas escolas fortalecem o processo educativo e contribuem para uma sociedade mais democrática, plural e respeitosa. Este é um passo fundamental para ampliar a consciência crítica e promover a equidade racial desde a infância”, destaca a secretária de educação, esporte e cultura, Jamine Henning.
Produções
Conheça alguns dos apresentados os trabalhos produzidos pelas unidades da Rede Municipal de Ensino de Mafra, que se dedicaram intensamente à proposta do PNEERQ. Os projetos demonstram a força da educação mafrense no enfrentamento ao racismo e na promoção de uma cultura de respeito e valorização da diversidade. “Esses projetos refletem a amplitude e a profundidade das ações promovidas pela rede, inspiradas nas diretrizes da PNEERQ”, concluiu a secretária.
– Rodas de Conversa e Debates Étnico-Raciais
Diversas escolas organizaram rodas de conversa, com participação de alunos, professores e convidados, para discutir temáticas como racismo, identidade afro-brasileira, cultura africana, e a história dos quilombos. Esses momentos permitiram que os estudantes refletissem sobre desigualdades, preconceitos, e a importância de reconhecer e valorizar diferentes trajetórias culturais.
– Trabalhos Artísticos e Culturais
Produções artísticas (desenhos, pinturas, murais) foram realizadas para representar figuras e símbolos da cultura africana e afro-brasileira. Espetáculos de dança, música e teatro com influência de ritmos afro, dança de capoeira, ou recitais de poesia também estiveram entre as propostas, promovendo a apropriação cultural e a expressão criativa.
– Pesquisas e Oficinas Educativas
Alunos realizaram mini pesquisas sobre a história da escravidão no Brasil, sobre personalidades negras importantes, sobre a diáspora africana, ou sobre comunidades quilombolas. Oficinas foram promovidas para ensinar aos estudantes sobre ornamentos africanos, linguagens africanas (como dialetos, quando apropriado), ou técnicas artesanais inspiradas na cultura africana.
– Releituras Curriculares
Professores adaptaram conteúdos de disciplinas como História, Geografia, Língua Portuguesa, Artes para incluir temas ligados à PNEERQ, assegurando que a cultura afro-brasileira e a história dos povos africanos façam parte dos currículos regulares. Trabalhos interdisciplinares conectaram diferentes matérias para mostrar como a cultura afro influencia a literatura, a música, a arquitetura e outras esferas do conhecimento.
– Campanhas e Atividades de Sensibilização
Campanhas dentro das escolas para alertar contra o racismo, promover a empatia e reforçar a importância da igualdade racial. Exposições internas (painéis, murais de fotos) com informações sobre figuras históricas negras, movimentos sociais afro-brasileiros e comunidades quilombolas.
– Formação de Professores e Profissionais da Educação
Cursos, workshops e seminários para capacitar os professores a lidar com a temática étnico-racial em sala de aula, proporcionando ferramentas para ensinar com sensibilidade, construir planos de aula antirracistas e mediar discussões. Momentos de partilha entre as escolas, para troca de metodologias, vivências e resultados dos projetos.
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