Executivo mafrense diz que empresa terceirizada é alvo da operação “hora extra”

Por Gazeta de Riomafra - 14/12/2019

Nesta quarta-feira (11) a Polícia Civil realizou uma operação a pedido do Ministério Público de Santa Catarina – MPSC para cumprir sete mandados de busca em apreensão, cinco em Mafra e dois em Barra do Sul. As buscas e apreensões foram feitas na Prefeitura, Centro de Serviço da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, Secretaria de Planejamento e Finanças, casa de servidores e na Empresa prestadora de serviço.

A operação investiga suspeitas de fraude à licitação, peculato, corrupção por agentes públicos e empresários e ficou conhecida como operação “hora extra”.

Segundo o delegado Nelson Vidal a investigação não atinge o prefeito Wellington Bielecki e sim a Secretaria de Obras e a empresa Los Borges de Barra do Sul que tem contrato de locação de máquinas e caminhões para execução de serviços de infraestrutura no interior do município. O contrato de horas máquinas é de aproximadamente R$ 2,8 milhões, onde cerca de R$ 1 milhão já foram pagos e liquidados.

Vidal conta que as investigações iniciaram após uma série de denúncias anônimas que citam irregularidades na prestação de serviço da empresa. Denúncias essas feitas ao Ministério Público e a Polícia Civil. E, que após uma investigação inicial foi necessária essa operação que contou com o apoio da Polícia Civil de Araquari e apreendeu quatro computadores e celulares dos operadores de máquinas e de alguns funcionários da Prefeitura.

Ainda foram alvo da operação mais cinco máquinas da empresa Los Borges, sendo que apenas três delas foram localizadas. Elas foram periciadas para coleta de provas.

Segundo o delegado existem indícios que os horímetros instalados para o controle das horas trabalhadas eram falsos e não contabilizavam o tempo trabalhado. Ele explicou que o equipamento funcionava mesmo com a máquina desligada.

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A Polícia Civil está realizando novas diligências e medidas cautelares não estão descartadas contra funcionários que podem ser afastados de suas funções.

Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mafra que enviou uma nota à imprensa, afirmando que o alvo das investigações é a empresa terceirizada vencedora de licitações em Mafra e em vários municípios da região e que o executivo mafrense contribuiu com as investigações e forneceu todas as informações necessárias e que também está apurando o caso internamente através de uma sindicância. Veja a nota no final do texto.

PRISÃO

Na operação o diretor de obras da Secretária de Obras e Serviços Públicos foi preso por porte ilegal de armas. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa dele a polícia encontrou duas espingardas de caça e munições em situação irregular. O delegado explicou que a prisão não tem nada haver com o caso.

VEJA NA ÍNTEGRA A NOTA À IMPRENSA ENVIADA PELA PREFEITURA

A respeito da operação “Hora Extra”, deflagrada pela Polícia Civil na região do planalto norte, a Prefeitura de Mafra esclarece que:

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– O alvo da investigação é uma empresa terceirizada – vencedora de licitações em vários municípios da região, inclusive Mafra;

– A Prefeitura de Mafra forneceu todas as informações necessárias, contribuindo prontamente com o andamento das investigações;

–  Em paralelo, a Prefeitura de Mafra vai abrir sindicância para averiguar os fatos que as investigações apontam e que, se confirmados, estariam lesando o erário municipal.

A Secretaria de Obras de Mafra se coloca à inteira disposição para esclarecimentos e contribuições que garantam a celeridade do processo e a sua mais rápida resolução.

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