Mafra deve ter incremento de R$ 1,3 milhões com imposto de cartões

Por Gazeta de Riomafra - 09/06/2017
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A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e Associação de Municípios divulgaram na tarde da quarta-feira, 31, as estimativas de arrecadação com o Imposto sobre Serviços (ISS) das operações com cartões de crédito, débito e leasing aos municípios. Mafra por exemplo, deve incrementar sua arrecadação em R$ 1,3 milhões com a nova receita, antes retida pelos municípios que sediam empresas de cartões, mas que, agora, passa a ser dividida entre todos os municípios a partir das transações com cartão realizadas em estabelecimentos comerciais das cidades.

Congresso Nacional votou pela derrubada do veto presidencial 52/2016

Em sessão conjunta de deputados e senadores aprovaram a redistribuição do ISS de cartões. A bancada de parlamentares catarinenses foi a única a votar 100% pela redistribuição igualitária do imposto. Os vetos a trechos da Lei da Reforma do ISS (Lei Complementar 157/2016), que estabelece uma nova redistribuição do valor arrecadado com o tributo entre os Municípios, foram derrubados por 49 votos no Senado e 371 na Câmara dos Deputados.

Após a promulgação da mudança e as devidas adequações de acordo com a nova Lei, que promoveu alterações na Lei Complementar nº. 116/2003, do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), cerca de R$ 6 bilhões por ano serão redistribuídos entre os mais de cinco mil municípios brasileiros; R$ 228 milhões entre municípios os de Santa Catarina.

REDISTRIBUIÇÃO DO ISS NA REGIÃO

 CIDADE Valor
Mafra R$ 1.361.628
Canoinhas R$ 1.273.373
Porto União R$ 473.283
Três Barras R$ 381.749
Itaiópolis R$ 341.526
Papanduva R$ 331.982
Santa Cecília R$ 200.122
Irineópolis R$ 164.843
Monte Castelo R$ 112.101
Major Vieira R$ 97.614
Timbó Grande R$ 64.142
Bela Vista do Toldo R$ 54.775
Matos Costa R$ 16.667

O QUE MUDA

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Os trechos vetados pelo Planalto tratavam da mudança do local de recolhimento do imposto. Ou seja, se a lei fosse sancionada como expressa no texto aprovado pelo Congresso no fim do ano passado, os serviços de administração de cartões de crédito e débito passariam a ser recolhidos onde está estabelecido o tomador do serviço. Além disso, o ISS das operações de leasing – arrendamento mercantil – e planos de saúde também seriam devidos no domicílio do tomador.

Atualmente, o valor arrecadado é destinado aos Municípios onde as empresas que prestam o serviço do cartão de crédito e afins estão instaladas, os chamados Municípios prestadores. Ou seja, as grandes cidades arrecadam praticamente a totalidade do imposto, pois alocam o maior número de empresas prestadoras deste tipo de serviço. Em contrapartida, os Municípios pequenos ficam desprovidos das receitas, embora também forneçam o serviço em suas localidades. Se o veto não fosse derrubado, essa forma injusta de distribuição do imposto seria mantida.

REDISTRIBUIÇÃO

A derrubada do veto, que acarreta na sanção do texto original da Lei Complementar 157/2016 conforme aprovado no Congresso, permitirá uma redistribuição anual de cerca de R$ 6 bilhões aos Municípios brasileiros. Aproximadamente R$ 2,87 bilhões serão repassados aos Municípios onde o tomador do serviço está estabelecido, nesse caso onde estão localizados os restaurantes, farmácias, postos de gasolina, etc. Isto no caso dos serviços de administração de cartões de crédito e débito.

No caso do leasing serão cerca de R$ 2,6 bilhões distribuídos. Antes, esse recurso ficava nas mãos de apenas 35 Municípios. E, no caso dos planos de saúde, mais de 2 mil Municípios com estabelecimentos de saúde que atendem por planos e convênios, conforme dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), passarão a receber o ISS dessa operação. Da forma que estava, apenas 370 Municípios recebiam tal receita.

Se o veto não fosse derrubado, a forma de distribuição dos recursos arrecadados com o imposto continuaria como está: 63% das receitas do ISS ficam nas mãos dos citados 35 Municípios; cerca de 100 Municípios respondem por 78% de todo o montante arrecadado com tributo do país. A título de exemplo, em 2016, cerca de 75% da arrecadação do ISS ficou concentrada para poucos Municípios da região Sudeste do país.

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