
A Vigilância Epidemiológica de Mafra realizou nesta quarta-feira, 9 de julho, uma capacitação técnica voltada ao enfrentamento de doenças emergentes e reemergentes de notificação compulsória. O encontro foi no período da manhã, no Centro de Empreendedorismo de Mafra, reunindo cerca de 20 profissionais da área da saúde pública municipal.
Alinhamento
Com o tema “Leishmaniose Visceral Canina e Humana, Leishmaniose Tegumentar Americana, Esporotricose Humana e Animal, e Brucelose Humana – Atualizações, Notificação e Fluxos de Atendimento no Contexto da Vigilância em Saúde”, a capacitação buscou alinhar ações entre as equipes da Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária à Saúde e GERSA (Gerência de Saúde de Mafra).
A atividade foi motivada pelas mudanças recentes estabelecidas pela Portaria SES nº 1.610/2024, que traz novas diretrizes e implicações legais para o monitoramento dessas doenças. O objetivo é fortalecer a resposta do município diante dos desafios sanitários atuais, promovendo o uso adequado dos sistemas de notificação e a integração entre os setores.
Conteúdo abordado
Foram abordados aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças em foco, as novas normas e fluxos de atendimento, além do uso dos sistemas Go.Data e SINAN (Sistemas de Informações do Ministério da Saúde). Também aconteceu discussão de estudos de caso, permitindo que os profissionais compartilhassem experiências e alinhassem condutas.
A capacitação foi conduzida por uma equipe técnica formada pelo veterinário Leonardo Navarro Cotrim, pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Nilseia Aparecida Kuchler Iancoski, e pela enfermeira da Vigilância, Talita Cristina de Almeida Schmidt. A metodologia adotada incluiu exposições dialogadas, análise de casos reais e espaços para esclarecimento de dúvidas e a abordagem multidisciplinar se torna fundamental por se tratar de doenças relacionadas a humanos e animais. “A iniciativa reforça o compromisso do município com a qualificação das equipes de saúde e o fortalecimento da rede de vigilância, visando sempre a proteção e o bem-estar da população mafrense”, concluiu a coordenadora.
Sobre Leishmanioses, Esporotricose e Brucelose
– A leishmaniose visceral é caracterizada por episódios irregulares de febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia e anemia. Se não tratada, pode levar à morte em mais de 90% dos casos. (OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde). A leishmaniose Tegumentar é uma doença que afeta a pele e as mucosas do nariz e da boca, provocando feridas. É causado por um parasita chamado leishmania, transmitida pela picada de flebótomos, conhecidos como “mosquito palha”. (DIVE – SC).
– A esporotricose é uma micose causada pelo fungo da espécie Sporothrix schenckii, que habita a natureza e está presente no solo, palha, vegetais, espinhos, madeira. (Biblioteca Virtual em Saúde).
– A brucelose humana é uma doença infecciosa causada por bactérias que, na maioria das vezes, são transmitidas aos seres humanos por meio do contato direto ou indireto com animais terrestres e aquáticos infectados. As causas mais comuns de infecção têm sido relacionadas com o consumo de leite, carne e derivados contaminados. Sintomas: febre alta intermitente de origem desconhecida, perda de peso, dor de cabeça, no abdômen e nas costas. (Fiocruz).