Secretária de Saúde fala sobre as reclamações envolvendo o atendimento da UPA
Na oportunidade a secretária de Saúde de Mafra também explicou como funciona o atendimento na UPA 24 horas e outros questões relativas à saúde do município
Há 8 anos
Por Gazeta de Riomafra

Procurada por nossa redação a secretária de Saúde de Mafra, Jaqueline Previatti Veiga, em visita a Gazeta de Riomafra, explicou como funciona o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Mafra. A UPA foi alvo de reclamações que chegaram a Gazeta e nas redes sociais. A maioria é quanto à demora no atendimento, além da situação de um vereador que foi atendido antes dos demais pacientes e do caso da Yasmin, bebê de seis meses, que segundo a família em post nas redes sociais, o médico da unidade não deu um diagnóstico da doença e a criança teve que fazer uma cirurgia de emergência em Joinville durante esta semana. Segundo o post, a criança teria sido levada até a UPA, durante três dias seguidos sem ter um diagnóstico correto, onde o médico teria dito a família que a criança “não tinha nada”.

Nossa reportagem levantou estas questões para a secretária que contou como a UPA trabalha no atendimento das pessoas, destacando que a gestão da Unidade de Pronta Atendimento é compartilhada com uma OS – Organização Social.

Segundo ela todos os cidadãos (usuários) que chegam à Unidade passam por uma triagem que segue um protocolo de acolhimento com classificação de risco (Protocolo de Manchester), atendimento este que não pode ultrapassar 10 minutos. E que após esta classificação nenhum atendimento pode ultrapassar quatro horas, sendo que os casos de maior urgência – problemas cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, entre outros – passam na frente das situações com grau menor de risco a vida. Jaqueline afirmou que nenhuma espera pelo atendimento é superior a 1h30min, porem há casos que, esporadicamente, podem chegar até no máximo 4h, (feriados prolongados, em situações que aumentam a população no município – datas comemorativas e festivas) conforme disposto no protocolo de atendimento.

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Jaqueline disse que neste final de ano que passou a demanda aumentou na UPA, principalmente no atendimento de pessoas de fora da cidade e que mesmo assim o tempo de espera não mudou.

Quanto ao caso de um vereador que supostamente foi atendido antes dos demais pacientes, inclusive, crianças, idosos e cadeirantes, a secretária da Saúde consultou o sistema de atendimento e informou que a prioridade no atendimento foi devido ao seu quadro clínico que apresentava pressão alta, com relatos de amortecimento do braço direito, dor no peito e náuseas – sintomas de ataque cardíaco, que conforme o protocolo de acolhimento é de urgência e pode passar na frente de outros atendimentos. No momento o fato causou indignação a alguns pacientes que ali estavam, devido a vereador ter sido chamado minutos antes de chegar, sendo que a maioria, segundo relatos, já estavam aguardando por horas, alguns desde as oito horas da manhã.

Segundo a secretária, no mesmo dia em que o vereador foi atendido a UPA atendeu mais 8 casos de grau de risco de urgência, recebendo o mesmo atendimento prioritário.

Jaqueline contou que a Unidade de Pronto Atendimento atende todas as pessoas com os diversos sintomas, desde dores na cabeça até infartos, e na triagem que é definida a urgência do atendimento, onde as pessoas com casos clínicos mais graves são atendidas antes.

Questionamos a secretária com relação ao pré-atendimento (triagem), onde segundo alguns pacientes, nos reportaram apenas é aferido a pressão em adultos e temperatura em crianças. Jaqueline explicou que o aparelho usado mede afere muito mais do que a pressão arterial e temperatura, além da oxigenação, frequência cardíaca e se houver alterações de maior grau, outros exames complementares são também realizados durante esta triagem.

Sobre o caso da neném Yasmim onde a família reclamou sobre o atendimento médico na UPA, a secretária respondeu que a família não realizou nenhuma reclamação oficial junto a Secretaria de Saúde e que ela teve conhecimento do fato pela redes sociais e que de ofício solicitou que a Unidade de Pronto Atendimento abrisse um processo para apurar o caso. O prazo para a conclusão da verificação do ocorrido é de cinco dias úteis. A administração da UPA está cuidando do caso para que o mesmo seja resolvido junto a família da paciente. Após a conclusão do laudo, a família poderá decidir sobre o andamento do caso. A reportagem da Gazeta pretende dar sequência a reportagem, caso tenha acesso ao laudo, se fornecido pela família.

A secretária falou ainda da necessidade das pessoas comunicarem as reclamações junto a Secretária de Saúde através do telefone 3645-3931 ou ainda por meio do Facebook oficial da Prefeitura de Mafra (PrefeituraMafra) e que todas as queixas são verificadas e respondidas.

Durante a visita da secretária da Saúde em nossa redação, na manhã de ontem 12, outros questionamentos foram feitos, como o recesso dos postos de saúde nos bairros; Mafra estar entre as cidades com área e recomendação de vacina contra a febre amarela, credenciamento da UTI de Mafra pelo SUS, entre outras indagações que serão abordadas nas próximas reportagens por este periódico.

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