Seminário “Vamos Enfrentar a Sífilis Juntos” é realizado em Mafra

Por Assessoria - 31/10/2017

Na última sexta-feira (27), profissionais de saúde de todo o Planalto Norte tiveram a oportunidade de atualizar conhecimentos a respeito da sífilis em um seminário realizado pela Assembleia Legislativa – por meio da Comissão de Saúde, pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e pela Gerência de Saúde da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Mafra.

Na abertura do evento, o secretário executivo da ADR, Abel Schroeder, destacou a importância do evento. “A saúde é um direito constitucional de cada um de nós. E todo bom governo deve tratar do tripé saúde, educação e emprego. Porém, a saúde deve vir em primeiro, pois não há como dar educação ou emprego a quem está doente. A saúde vem sempre em primeiro, mas deve vir de forma planejada”, declarou Abel.

Em seguida, os convidados acompanharam uma apresentação teatral de uma equipe de profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) da Mafra e, na sequência, a palestra “Sífilis Adquirida”, proferida pelo Dr. Eduardo Campos.

Após o almoço, o Dr. Eduardo Campos apresentou uma segunda palestra, com o tema “Sífilis Congênita” e também coordenou, juntamente com a Dra. Sarah Alcântara, uma mesa redonda para discutir as temáticas apresentadas ao longo do seminário.

SÍFILIS

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios, sendo que os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. No terceiro estágio, a sífilis pode não apresentar sintoma e, por isso, passar a falsa impressão de cura da doença.

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A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre sete e vinta dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, sendo que a a doença continua a se desenvolver. Em certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

Quando não há evidência de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio. Por isso, recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença.

Os casos de sífilis vêm aumentando ano a ano no mundo, no Brasil e em Santa Catarina. A estimativa da Organização Mundial da Saúde é que 937 mil pessoas são infectadas a cada ano no país. Em Santa Catarina, os casos de sífilis adquirida vêm aumentando em torno de 50% ao ano. Em 2015, foram registrados 5.706 novos casos, um crescimento de 53,5% em comparação aos 3.716 novos casos notificados no ano anterior. Em relação às gestantes (notificadas separadamente), o incremento foi de 61%, passando de 777 em 2014 para 1.254 em 2015.

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