Polícia acredita que Dranka tramou viagem de Loir Dreveck e presidente da Câmara contratou o atirador

Por Gazeta de Riomafra - 01/02/2017

A Polícia Civil do Paraná esclareceu os fatos na tarde de ontem na capital. Ex-prefeito e presidente da Câmara encomendaram morte após prefeito eleito não ter honrado com cargos que tinha prometido.

O ex-prefeito de Piên, na região metropolitana de Curitiba, Gilberto Dranka e o presidente da Câmara, Leonides Maahs, encomendaram juntos a morte de Loir Dreveck, segundo a Polícia Civil. As investigações apontam que os dois se sentiram traídos depois que o prefeito eleito se recusou a oferecer para eles cargos que havia prometido durante a campanha.

Os investigadores acreditam na história de que o ex-prefeito Gilberto Dranka, teria ligado para o assassino dando as coordenadas para que ele cometesse o atentado, no dia 17 de dezembro de 2016. Dranka tramou para que Dreveck fizesse a viagem para Santa Catarina com a família, para tirar o passaporte, com um carro oficial, para não ter erro na execução do crime.

“Tudo isso foi tramado de forma minuciosa porque, dois dias antes, o acusado de matar Dreveck, um morador em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, tinha matado outra pessoa que estava em um carro semelhante ao usado pelo prefeito eleito. Com isso, Dranka fez questão de que Dreveck viajasse com um veículo oficial e passou todas as coordenadas para o assassino, para que não houvesse mais erro”, –  aposta nesta tese a polícia.

“Eles investiram muito dinheiro na candidatura de Loir e, na época, ele disse que cederia três secretarias para o presidente da Câmara e mais alguns cargos para o Dranka. Depois que ele venceu a eleição, no entanto, voltou atrás, decidiu moralizar a Prefeitura e as Secretarias seriam compostas por pessoas de caráter técnico e não políticas e que também cortaria mais da metade dos cargos comissionados. O então prefeito Dranka, se sentiu traído e decidiu encomendar o assassinato”, explicou o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (31).

A polícia tem convicção de que a motivação do crime foi política e além de Dranka, o presidente da Câmara Municipal de Piên, Leonides Maahs, foi quem contratou o atirador, deve ser preso na próximas horas, já que a Polícia Civil deve pedir a prisão dele, esclarece a polícia.

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Dranka foi preso em casa na manhã de hoje. Os policiais o encontraram no forro da residência, onde estava escondido. O vereador Leonides Maahs também foi detido em flagrante durante a operação do Cope, por posse ilegal de munição e material para recarga. “Em depoimento, o intermediário entre os mandantes e o executor afirmou que quem encomendou a morte do prefeito eleito foi Dranka e Leonides. Os dois têm participação direta no crime”, completou Brown.

Além dos dois, foram presos Amilton Padilha, de 29 anos, suspeito de ter atirado contra Loir e Orvandir Arias Pedrini 44 anos, que fez o contato entre os mandantes e o assassino. A companheira do intermediário também foi levada à delegacia para depor por meio de condução coercitiva.

Após o crime, que aconteceu no dia 17 de dezembro do ano passado, Padilha fugiu para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Investigação

Os policiais encontraram primeiro o homem que matou o prefeito eleito. A moto utilizada no crime estava em um barranco, junto com um capacete preto, que foi encaminhado para perícia. Por meio da placa, os investigadores chegaram até a pessoa que vendeu a moto para Padilha.

O comerciante relatou à polícia que outro homem com um Gol vermelho estava junto com o suspeito no momento da negociação. Após buscas, a equipe comprovou que esse veículo pertencia a Pedrini.

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Por meio da descrição física de Padilha, os policiais o localizaram em Itajaí/SC. Ele foi detido no dia 26 de dezembro depois de cometer um roubo na cidade catarinense. O Instituto de Criminalística confrontou as digitais do suspeito com as encontradas no capacete e confirmou ter sido ele o autor dos disparos.

A partir daí, a investigação se concentrou nos mandantes do crime, já que a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) estava descartada.

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