Acidente alerta para os cuidados ao atravessar os trilhos de trem

Por Redação Click Riomafra - 07/08/2020
Foto: Jornal Perfil Multi/Redes sociais

Um veículo se envolveu em acidente com o trem na manhã desta sexta-feira (07) na cidade de Rio Negrinho. Felizmente ninguém se feriu. A colisão aconteceu na passagem existente na Rua Jorge Zipperer. As informações são do jornal Perfil Multi.

Este acidente envolvendo carro e trem alerta para os cuidados que as pessoas devem ter na travessia de passagem de nível. Confira abaixo os cuidados e orientações para quem vive próximo aos trilhos de trem:

Estudos apontam que há mais de 5 mil cruzamentos construídos ao longo dos trilhos em todo o país, o que aumenta o risco de acidentes – principalmente em função da imprudência de pedestres e motoristas. Na região de Rio Negro e Mafra há diversos cruzamentos.

O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97) regulamenta a sinalização e fala sobre a segurança nas proximidades das ferrovias. De acordo com o Art. 212, o condutor não pode deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea. Tal ato é considerado uma infração gravíssima, que tem como penalidade sete pontos na CNH e multa.

De acordo com Michel Bruno Taffner, professor do curso Técnico em Manutenção de Sistemas Metroferroviários, para uma convivência harmoniosa entre ferrovia e comunidade, é preciso estar atento às normas de segurança.

“Os centros urbanos foram construídos no entorno das ferrovias. Em termos de convivência, a grande questão é a cultura que a população e a ferrovia devem ter para um trânsito melhor. As comunidades precisam entender que a ferrovia está ali a mais tempo e que circulam veículos grandes, com peso, que podem causar acidentes graves. A população precisa entender o espaço da rodovia, a legislação de trânsito. E as ferrovias precisam trabalhar com campanhas e sinalização”, afirmou o professor.

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Michel ainda explicou que é preciso muita atenção para que as crianças não brinquem perto da ferrovia ou em cima dos trilhos. “O trem muitas vezes se aproxima sem que a pessoa perceba, por isso é importante ter o cuidado de não estar muito próximo aos trilhos”. Além disso, o 1º do Art. 90 diz que o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.

O pedestre também precisa estar atento. A precaução evita acidentes nas passagens em nível (locais onde a ferrovia e rodovias se cruzam). Dentre as dicas, a mais importante é estar sempre atento aos sinais sonoros: Pare, olhe e escute! O apito do trem preserva a sua segurança.

Também é importante que o pedestre retire os fones dos ouvidos e guarde o celular no bolso, no momento da travessia é importante estar com toda a atenção voltada para a linha férrea. É preciso respeitar o espaço da rodovia! Mantenha sempre uma distância segura e nunca estacione perto da linha férrea.

Ao se aproximar dos trilhos, verifique se o trem já passou completamente. Só se aproxime da ferrovia após o distanciamento da composição, com a certeza de que não há um novo trem a caminho. Essas são dicas importantes para fazer a travessia somente em segurança e preservar a sua vida.

A regra é simples: pare, olhe para os dois lados e escute. A dica principal é muito simples: siga a orientação das placas afixadas nas passagens em nível, pare antes de cruzar a ferrovia, olhe para os dois lados e escute.

Todos podem ajudar na conscientização, disseminando alguns cuidados especiais. Conheça as dicas:

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РEm alguns trechos, ̩ muito comum a circula̤̣o dos trens em ambos os sentidos, por isso ̩ proibido, e muito perigoso, permanecer entre duas linhas f̩rreas, o pedestre corre o risco de ficar confinado entre dois trens.

– Mantenha uma distância mínima de 3 passos largos com relação aos trilhos. As locomotivas e os vagões são mais largos do que a estrutura ferroviária (dormentes e trilhos).

РPessoas idosas ou com dificuldade de mobilidade exigem aten̤̣o especial.

– Crianças não podem brincar na área da ferrovia e devem estar sob supervisão constante de seus responsáveis nas travessias.

– Não tente atravessar a linha falando ao celular, checando mensagens ou usando dispositivos de áudio de qualquer tipo. Eles desviam sua atenção da ferrovia.

– A área ocupada pela ferrovia e seus arredores é chamada faixa de domínio. Não é permitida a presença de pessoas estranhas à ferrovia nesta área, e a travessia da linha férrea só pode ser realizada em passagens em nível oficiais (para pedestres, veículos ou ambos), por passarelas ou passagens inferiores. É extremamente arriscado atravessar a linha em qualquer outro ponto.

– O uso de álcool e drogas tem sido uma causa cada vez mais frequente de acidentes envolvendo pessoas. Em alguns municípios, este índice chega a representar 20% do total de acidentes.

– Um trem pesa entre 3.000 toneladas (vazio) e 15.000 toneladas (carregado) e, por isso, pode exigir algo entre 300 e 1.000 metros desde a aplicação do freio de emergência até sua parada completa. Por seu peso, um trem não freia como um automóvel. Por isso, mesmo quando é possível identificar um obstáculo ou pessoa cruzando a linha inadvertidamente, na maioria das vezes não é possível evitar o impacto.

– Os trens são dotados de luzes de sinalização, de sinos (acionamento constante quando estão em movimento) e de buzina (acionadas antes das passagens em nível ou em qualquer situação de emergência). É fundamental que as pessoas estejam sempre muito atentas aos sinais sonoros de segurança, não usem telefones ou headphones nas travessias e olhem para ambos os lados ao cruzar a via.

AÇÕES DA RUMO

A Rumo – empresa que gerencia o serviço ferroviário na região – desenvolve continuamente ações que promovem mais segurança nas ferrovias. Campanhas informativas contribuem para reduzir os acidentes nas passagens em nível nos seis estados onde a Companhia atua. Alertas como “Pare, olhe e escute!” destacam a necessidade de cuidado e são difundidos em escolas, comunidades e à população em geral. Os trens têm a preferência e, mesmo quando acionados os freios de emergência, não param imediatamente, devido às próprias características do transporte ferroviário. Assim, a segurança merece nossa atenção.

A Rumo realizou o Diagnóstico de Segurança, uma grande pesquisa para auxiliar a Companhia a entender em que patamar está e o que ainda precisa ser feito para zerar os acidentes de trabalho.

A equipe de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) da Rumo utilizou o método Hearts and Minds, aplicado no Grupo Cosan, e entrevistou quase três mil colaboradores para chegar ao resultado, que revelou uma grande evolução mas mostrou, também, que ainda precisamos evoluir para alcançar o acidente zero.

Na escala utilizada na pesquisa, a Rumo está no patamar “Calculista” de segurança do trabalho. Isso significa que os colaboradores sabem nas normas e procedimentos, mas ainda falta agir de forma segura por contra própria, sem a necessidade de fiscalização ou orientação constante do líder.

Com este resultado, a equipe de SST traçou um plano com 17 ações, que devem ser executadas até dezembro de 2019, para alcançarmos o patamar “Proativo”. Neste estágio, a segurança é, de fato, um valor indispensável em qualquer ação cotidiana.

Nos cruzamentos

A precaução evita acidentes nas passagens em nível. Antes de atravessar a ferrovia, motoristas e pedestres devem lembrar de alguns procedimentos:

РPare, olhe e escute! O apito do trem preserva a sua seguran̤a.
– Retire os fones dos ouvidos e guarde o celular no bolso.
РMantenha dist̢ncia segura e nunca estacione perto da linha f̩rrea.
– Só se aproxime da ferrovia após o distanciamento da composição, com a certeza de que não há um novo trem a caminho.
РFa̤a a travessia somente em seguran̤a e preserve a sua vida.

Nas Escolas

Oficinas educativas são realizadas regularmente pela Rumo em escolas próximas às linhas férreas. As crianças e adolescentes recebem atenção especial e ajudam a difundir informações sobre segurança. O aprendizado ocorre por meio de jogos e brincadeiras. Com ajuda das próprias escolas, o projeto está alcançando mais de mil estudantes por ano.

Nas Comunidades

As ações ligadas à segurança envolvem diretamente as comunidades próximas à ferrovia. Os temas trabalhados vão além das medidas de precaução indispensáveis nas passagens em nível. Ao mesmo tempo em que evitam acidentes, os projetos estimulam o respeito ao meio ambiente, o cuidado com espaços públicos, para o bem estar da população. Os participantes tornam-se mais conscientes sobre os riscos de práticas como o surfe ferroviário ou a travessia de pontes. As próprias comunidades ajudam a difundir a informação de que o acesso às áreas ferroviárias é proibido, por oferecer riscos para crianças, jovens ou adultos.

Café com Segurança

A segurança ferroviária depende da colaboração de todos, especialmente de caminhoneiros, motoristas, motociclistas e pedestres que atravessam as linhas férreas com frequência em portos, terminais logísticos e centros ferroviários. Esse é o foco do programa Café com Segurança, iniciativa que reúne a comunidade para repasse de informações que salvam vidas. As últimas edições do programa foram realizadas em Curitiba (PR), Paranaguá (PR), Santos (SP), Rondonópolis (MT) e São Francisco do Sul (SC).

Consciência desde cedo

Pela importância da segurança ferroviária para as comunidades que vivem perto das linhas férreas, a Rumo insere o tema em projetos direcionados a escolas e inclusive em eventos comemorativos. O livro A Ferrovia na Visão de Nossas Crianças é resultado desses esforços. A obra foi escrita por crianças do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, inspiradas em palestras de ferroviários que foram às escolas falar de atitudes seguras e da importância do transporte ferroviário para o País. A mobilização fez parte das comemorações do Dia do Ferroviário (30 de abril), em 2016.

Fontes: Jornal Perfil Multi, Folha Vitória e site da Rumo.

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