Durante a 2ª Guerra Mundial o governo brasileiro enviou aproximadamente 25 mil expedicionários, dos quais 1.542 eram paranaenses. Foram 239 dias de combate, com destaque para as ações em Monte Castello e Montese e o Cerco de Fornovo di Taro.

A grande atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) é valorizada atualmente por pessoas e iniciativas que entendem a importância da preservação da história.

Uma das iniciativas é de Ariane Ferreira Schiochet, que nasceu em Rio Negro-PR e teve como inspiração para as suas pesquisas o expedicionário Max Wolff Filho, considerado o herói rio-negrense na guerra.

Ariane é graduada em Administração de Empresas, trabalha na área de Contabilidade e sempre que possível busca conciliar sua rotina com a questão voluntária da fotografia, prestando apoio na diretoria social da Legião Paranaense do Expedicionário e registrando os eventos e atividades correlatas que levam o tema FEB.

A dedicação de Ariane pela valorização da história da FEB é evidenciada pelo fato dela não ser uma descendente de expedicionários. “Eu não tenho nenhum expedicionário na família. Minha inspiração foi o fato do Max Wolff Filho ser rio-negrense, assim como eu também sou. E foi pesquisando sobre a sua história que acabei me envolvendo com a história da FEB e da 2ª Guerra Mundial. Não tenho sangue febiano, mas tenho amor na causa. Na Legião Paranaense do Expedicionário eu falo que fui adotada por aquela família, porque todos ali são descendentes”, comentou.

Em 2024 a rio-negrense venceu um concurso de fotografias e vídeos promovido pelo Exército Brasileiro, na campanha dos 80 anos da Força Expedicionária Brasileira, tendo duas fotografias selecionadas para a final, com uma delas eleita com o 1º lugar. A entrega do certificado ocorreu em Brasília-DF.

A foto foi publicada no livro comemorativo “80 anos da Força Expedicionária Brasileira”, lançado pelo Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro.

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Ariane possui a exposição fotográfica “Um olhar feminino na história e legado da Força Expedicionária Brasileira: passado e presente”. Através das imagens, a autora busca conectar uma mostra do passado, na figura de alguns daqueles representantes que participaram dos conflitos da 2ª Guerra Mundial, com as ações práticas que visam transmitir o legado da FEB através das novas gerações, perpetuando a memória e valores daqueles que deixaram suas marcas gravadas no tempo e mudaram os rumos da humanidade.

A exposição foi lançada em março deste ano no Museu do Expedicionário, em Curitiba, trazendo no contexto do mês da mulher a sensibilidade, como forma de retratar cenas e registrar fatos, enaltecendo vocações e suas aplicações na divulgação da história. Ariane busca conectar o público ao passado, divulgando a história da Força Expedicionária Brasileira e retratando os participantes do conflito.

A exposição tem grande importância para a valorização e preservação da história. No último mês, por exemplo, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) promoveu o Café Cultural “Max Wolff Filho: Testemunho de Coragem”, realizado no auditório do edifício-sede, em Curitiba. O encontro contou com a participação de autoridades, servidores e estudantes. Na ocasião foi inaugurada uma exposição de objetos históricos com a participação da mostra fotográfica de Ariane sobre a Força Expedicionária Brasileira.

A exposição de Ariane Schiochet ficará disponível para visitação até o dia 29 de agosto no hall de entrada da sede do Tribunal, que fica localizado na Rua João Parolin, 224, no bairro Prado Velho. O horário para visitação é das 12h às 19h, de segunda a sexta-feira e com entrada gratuita.

Nos próximos meses a exposição ficará disponível em outros locais, levando assim a história da FEB cada vez mais longe. Há a expectativa para que a exposição fique disponível em breve no município de Rio Negro.

O Café Cultural foi transmitido pelo Youtube. Assista: