Hospital Bom Jesus contará com a “inteligência artificial” do robô Laura

Por Gazeta de Riomafra - 25/07/2019

O Hospital Bom Jesus (HBJ) anunciou que em breve, dentro de 30 dias, estará operando no hospital, o Robô Laura, sistema de inteligência artificial (software) que monitora os sinais vitais do paciente e exames solicitados alertando os profissionais da saúde em 3,8 segundo em caso de emergências, como por exemplo, em caso de eminência de uma infecção generalizada prestes a acometer o paciente. Ele estará operando no pronto atendimento, posto de enfermagem e no centro cirúrgico.

Nos hospitais que a Laura, como é chamada a inteligência artificial, é utilizada o número de óbitos foi reduzido em 25%.

O custo do sistema é de R$ 76 mil, o qual foi doado pela empresa Laura, o qual criou o sistema. A mensalidade será coberta por um médico responsável no Pronto Atendimento do HBJ, ao custo de R$ 1.990,00.

HISTÓRIA DO ROBÔ LAURA

Jacson Fressatto (foto), perdeu a filha Laura aos 18 dias de vida. Recém-nascida, Laura foi vítima de septicemia, uma infecção silenciosa que tira a vida de milhares de pessoas em todo o mundo diariamente. O luto, que se transformou em uma caça por culpados, acabou revelando um trabalho, talvez uma missão para Jacson. Isso porque a sepse é ardilosa e, exatamente por causa da pequena Laura e de uma força paterna aliada ao conhecimento analítico, agora a doença está começando a perder dentro de seu próprio jogo. Jacson diz que: “Durante nove meses eu trabalhei como voluntário em vários hospitais, principalmente naquele onde a Laurinha foi tratada e acabou falecendo. O meu objetivo era caçar quem foi o culpado. Desde o primeiro dia até os nove meses, eu queria saber quem tinha sido o culpado. Eu usei o argumento de que queria ajudar, que estava como voluntário, eu fiz de tudo, cara”. Uma história comum em milhares de famílias no mundo – muito mais do que você imagina. Aqui, a diferença foi o nascimento do Robô Laura.

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PROMESSA CUMPRIDA

O Robô Laura já ajuda a salvar dez vidas por dia e atualmente opera em seis hospitais. O software lê as informações dos pacientes e emite alertas que são enviados a cada 3,8 segundos à equipe médica, inclusive aos smartphones dos médicos, com o objetivo de sinalizar o quadro de pacientes com riscos de infecção generalizada, além de alertar com antecedência outros casos de deterioração clínica.

SAIBA O QUE É REALMENTE A SEPSE

Talvez você nunca tenha ouvido falar na sepse. Talvez você não tenha a mínima noção do quão silenciosa e perigosa ela é. Isso porque a causa da morte nunca acaba sendo relacionada com ela. Por exemplo, se alguém morre de sepse por pneumonia, a causa é classificada como pneumonia. Se morre de sepse após ter sido gravemente queimado, a causa indica “complicações pós-queimaduras”. Então, você precisa ter uma noção do tamanho disso.

De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), o quadro, que também é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos, é o responsável por 25% da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil, um número extremamente alto que acaba exigindo custos igualmente altos em tratamento: só em 2003, foram gastos R$ 17,3 bilhões para tratar 398 mil casos registrados de septicemia.

Em resposta a uma simples infecção, o organismo acaba lançando mão de mecanismos de defesa que acabam por também prejudicá-lo

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A sepse é silenciosa e mata. O ILAS também afirma que a septicemia é a principal causa de morte nas UTIs, superando largamente o infarto do miocárdio e o câncer. A taxa de mortalidade da infecção é de 65% dos casos no Brasil, um disparate quando comparado à média global, que atinge um nível máximo de 40%. A sepse, no Brasil, mata mais que em países como a Índia e a Argentina.

Mas como ela chega ao organismo? O organismo humano está em constante alerta e luta contra agentes externos que podem prejudicá-lo, sejam eles físicos, como calor e frio, ou biológicos, como bactérias, vírus, fungos e toxinas. Toda agressão ao organismo provoca uma reação de defesa, e essa reação, na maioria das vezes, se limita ao combate desses agentes, sem danos associados. Porém, em algumas situações, seja pela gravidade e agressividade do agente causador (especialmente alguns tipos de bactérias e vírus) ou pela magnitude da resposta do organismo, esse combate pode acabar em danos secundários à saúde do indivíduo. Ou seja, em resposta a uma simples infecção, o organismo acaba lançando mão de mecanismos de defesa que acabam por também prejudicá-lo.

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