Ultramaratonista riomafrense atua como guia voluntário no Projeto Radar DV

Por Everton Lisboa (Click Riomafra) - 15/05/2018
Juntos, Sérgio e Silvana conquistaram o 1º lugar na Categoria 21 km.

No último dia 06 foi realizada a Meia Maratona Internacional de Curitiba, que tem como finalidade estimular a prática desportiva como elemento da promoção da saúde e da qualidade de vida. Foram beneficiados diretamente 5.000 adultos praticantes de corrida de rua de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos para a prova de 21 km e 10 km, e mínimo de 14 anos para a prova de 06 km Family Run.

Entre os participantes estava o ultramaratonista riomafrense Sérgio Rodrigo da Costa Pires, que também é Sargento no 5º RCC. Desta vez o atleta teve uma experiência nova: foi guia de uma deficiente visual durante toda a prova dos 21 km. Silvana Rosa costuma participar de várias meias maratonas e desta vez teve o atleta riomafrense como seu guia. Juntos, Sérgio e Silvana conquistaram o 1º lugar na Categoria 21 km.

“O trabalho de guia é totalmente voluntário, onde o mesmo deve arcar com todos os gastos como se fosse correr a prova, mas não tem direito a medalha e nem troféu. Mas é emocionante e muito gratificante. É muito bom receber um abraço da atleta com deficiência visual e um muito obrigado no final da prova. Isso não tem dinheiro que pagueâ€, comentou Sérgio, que atua como guia voluntário no Projeto Radar DV.

O Projeto Radar DV Curitiba nasceu em um grupo de amigos que se uniu no início de 2016 em torno da ideia de promover inclusão social de pessoas com deficiência através do esporte, especialmente os deficientes visuais. Atualmente é composto por 15 atletas deficientes visuais e diversos atletas que atuam como guias de forma voluntária.

O esporte escolhido foi a Corrida de Rua por ser atividade democrática, de fácil acesso, baixo custo, bastante difundida e apoiada por muitas das Secretarias de Esporte Municipais, Estaduais e Federal entre outras organizações.

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OBJETIVOS DO GRUPO

– Inclusão dos deficientes no convívio social, principalmente através de treinos e participação em eventos esportivos.

– Melhoria da saúde através da prática esportiva (é comum que o deficiente visual se isole pelas dificuldades de se locomover e interagir, ficando sedentário. Com isso, acaba desenvolvendo depressão e outros problemas de saúde, como obesidade).

РAumento da qualidade de vida dos deficientes visuais (mais intera̤̣o, mais sa̼de).

CONQUISTAS

Mesmo com pouco tempo de vida, o grupo já conseguiu avanços significativos, tais como:

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– Atenção dos promotores de Corridas de Rua, com a criação da categoria e premiação tal como existe para categorias de faixas etárias.

– Atenção da sociedade para a capacidade dos deficientes e do pouco que é necessário adaptar para que se possa praticar a Inclusão Social de fato.

РAten̤̣o de outros atletas, que agora nos reconhecem e nos motivam durante as provas com palavras de incentivo.

– Participação com pódio em todas as provas das quais participamos este ano.

– Inclusão de outros deficientes que até então não tinham o convívio social e nem a prática esportiva como hábito.

O grupo Radar DV está procurando parcerias com empresas socialmente responsáveis, que queiram incentivar e incluir digitalmente os deficientes com o uso de smartphones e outros dispositivos de tecnologia que tenham recursos de acessibilidade desenvolvidos e aplicados.

O principal objetivo é permitir o acesso do deficiente á tecnologia, o que é fundamental para melhorar sua acessibilidade e mobilidade, garantindo que sua inclusão social seja efetiva e duradoura.

Em troca, os deficientes podem testar e validar os aplicativos, ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias de acessibilidade e utilizar a logomarca da empresa parceira em seus uniformes de corrida e banners, entre outros materiais de divulgação.

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