Vereadores de Rio Negro participam de debate técnico sobre o futuro do município na Região Metropolitana de Curitiba
Há 7 meses - Atualizado em
Por Assessoria

Na última quarta-feira, os vereadores Isabel Cristina Grossl e Geovane de Lima representaram a Câmara de Rio Negro na oficina técnica do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), realizada na sede da BRASPOL, em Campo do Tenente. O encontro teve como foco a reavaliação do recorte da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), incluindo a análise da situação dos municípios de Rio Negro, Campo do Tenente e Quitandinha.

A participação dos parlamentares reforça a atenção da Câmara diante de um tema que gera dúvidas e controvérsias entre a população: quais são, de fato, os benefícios e os ônus de permanecer vinculado à RMC.

Durante a oficina, foram apresentados os principais eixos do PDUI, um instrumento de planejamento regional obrigatório por lei, que define diretrizes sobre uso do solo, mobilidade, meio ambiente, habitação, desenvolvimento social e econômico para as cidades da região metropolitana. Apesar de, em teoria, representar um avanço no planejamento integrado entre os municípios, o pertencimento à RMC também pode implicar em restrições administrativas, perda de autonomia em certas decisões locais, aumento da burocracia e obrigações sem contrapartidas claras.

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“Nossa participação aqui é para ouvir, questionar e garantir que Rio Negro não seja prejudicada por decisões tomadas de forma unilateral. Precisamos de clareza sobre o que significa estar na RMC, o que ganhamos e o que podemos perder com isso”, destacou o vereador Geovane de Lima.

“Não se trata de ser contra ou a favor, mas de respeitar as particularidades de Rio Negro. O município tem história, identidade própria e precisa ser tratado como tal. Se não houver benefícios reais, não faz sentido continuar”, afirmou a vereadora Isabel Cristina Grossl.

A oficina levantou pontos técnicos sobre o que representa fazer parte da RMC, como a submissão a decisões regionais via Conselho Deliberativo Metropolitano, interferência sobre o planejamento urbano e participação em programas que nem sempre refletem as reais necessidades dos municípios menores ou mais distantes do núcleo metropolitano.

Rio Negro, por sua localização geográfica, realidade econômica e relação histórica com o norte catarinense, muitas vezes não se encaixa no perfil típico das cidades da RMC, o que levanta questionamentos sobre a real efetividade dessa vinculação.

A Câmara de Rio Negro reafirma seu papel de fiscalização e representação da vontade popular. A presença dos vereadores Isabel e Geovane no encontro foi um passo importante para acompanhar o debate de perto e garantir que a decisão sobre a permanência de Rio Negro na RMC não seja tomada de forma apressada ou sem embasamento.

A Casa Legislativa continuará acompanhando o tema, ouvindo a população e buscando garantir que qualquer decisão seja pautada pela defesa dos interesses locais, da autonomia municipal e do bem-estar dos rionegrenses.

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