Vigias da Prefeitura de Rio Negro reclamam de más condições de trabalho

Por Gazeta de Riomafra - 14/02/2019

Na primeira sessão ordinária do ano da Câmara de Vereadores de Rio Negro o guarda-parque, Rivael Cordeiro, servidor público municipal, usou a tribuna para fazer reivindicações em favor da categoria.

Rivael contou que o último concurso para contratação de guardas-parques em Rio Negro foi em 2011, ano em que ele e outros companheiros fizeram o concurso, sendo contratados em 2012. E desde então, com o passar dos anos, o trabalho vem se tornando cada vez mais perigoso e eles não estão sendo assistidos pela Prefeitura Municipal de Rio Negro, com o aumento de servidores, apoio jurídico, equipamentos e uniformes.

Segundo informações, existem 27 guardas no quadro de funcionários da Prefeitura para atender e cuidar de todo o patrimônio municipal. Destes, apenas 7 trabalham no Parque Ecoturístico Municipal Seminário São Luis de Tolosa – sede do executivo municipal – em quatro turnos, os demais estão divididos em outros prédios e espaços municipais, também em escala de quatro turnos.

No uso da tribuna ele listou aos vereadores algumas reivindicações da categoria, que faz toda a segurança dos prédios como a Prefeitura, escolas, unidades de saúde, praças, etc.

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Quanto ao Seminário São Luis de Tolosa apontou que existe câmeras de vigilância (videomonitoramento), porém eles se quer têm acesso, ou sabem se estão realmente em funcionamento e que a iluminação do local é precária, que existe incidência do consumo de álcool e drogas nos fins de semana e de caçadores que invadem o parque no período da noite. “É difícil a noite que não escuto disparos de armas de fogo [no parque]”, falou.

Sobre o videomonitoramento ele diz que outros espaços possuem o sistema, mas assim como no Seminário eles não tem acesso, apenas o superior direto deles, ou seja o chefe dos seguranças.

Para nossa redação o guarda-parque relatou que em alguns locais se transformam em verdadeiras praças para consumo de drogas, vandalismo e até para a prática de sexo, citando a Rodoviária e Escola Ana Zorning que no início da noite é invadida por “vândalos” e lembra que lá também existe câmaras de monitoramento.

Sempre, nestes casos, o guarda de serviço aciona a Polícia Militar que devido ao baixo efetivo acaba não atendendo a chamada. Porém quando a ocorrência é atendida e as medidas cabíveis são tomadas pelas forças de segurança, como prisões, eles não tem apoio jurídico da administração municipal, ficando sem assistência jurídica e são obrigados a contratar advogados de forma particular.

“Tem guardas que estão sendo ameaçados e que sofrem agressões durante o seu trabalho”, conta Rivael. Relata que ele mesmo já sofreu ameaças até por estar sozinho e os vândalos perceberem a fragilidade da segurança municipal

Ele relata que recebem apenas uma camisa, uma calça, um par de sapatos e uma jaqueta para o desempenho da função, o que obriga eles a comprarem o uniforme e equipamentos como uma lanterna para poderem trabalhar.

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Denúncia que grande parte dos bens públicos são mal iluminados como a própria sede do executivo municipal. E que existe locais que não tem as mínimas condições de trabalho como na Unidade de Pronto Atendimento – obra inacabada – que não tem luz, água e local para o servidor ficar, assim como no Cemitério Municipal, onde o guarda fica alojado em uma sala com materiais de construção. Lembrando que trabalham em escala de 12h por 36h e possuem apenas 15 minutos para almoço.

Após usar a tribuna da Câmara na última terça-feira 05/02, para expor as condições de trabalho a categoria ainda não foi procurada pela administração municipal e estuda levar os pleitos ao Ministério Público local, pois segundo Rivael, eles executam os trabalho de guardas-municipais e vigilantes e podem estar inclusive estar trabalhando em desvio de função e correm riscos iminentes sem serem assistidos de forma adequada pela Prefeitura.

Um dos casos recentes e que foi amplamente noticiado pela imprensa local, foi o assalto há uma mulher que transitava pelas trilhas do parque do seminário no último dia 05/02 e foi surpreendida por dois elementos, um deles de posse de um revolver, deram voz de assalto à vítima.

Um dos questionamentos é: se existem câmaras de vigilância e estão em funcionamento, por quê não se idêntica estes casos e tomam atitudes contra os autores que invadem estes locais e até mesmo não coíbem tais fatos?

No caso do assalto a mulher nas trilhas, cadê as câmeras de monitoramento, bem como se existissem mais vigias, fatos como este, poderiam ter sito evitados.

Nossa reportagem tentou contato com o executivo rionegrense, que até o fechamento desta reportagem não contatou com nossa redação para expressar sua versão ao caso.

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