A obesidade na infância

Por GB Edições - 08/03/2016

A obesidade na infância

Este é um tema que costuma dar muita dor de cabeça aos pais e chama a atenção de especialistas e autoridades da Saúde, tanto que existe uma preocupação contínua quanto ao tipo de alimentos que são oferecidos na merenda escolar e nas populares cantinas dos estabelecimentos de ensino. Existe uma experiência pioneira em algumas cidades do Rio Grande do Sul na qual nutricionistas adaptaram as tradicionais receitas das famílias de imigrantes servidas nas escolas para opções menos calóricas, substituindo alguns ingredientes sem que o resultado final perdesse o seu tradicional sabor.

E falando nas instituições escolares de um modo geral, outra medida preventiva adotada foi a redução da adição do sal e do açúcar nos alimentos oferecidos aos escolares, além de incentivarem as crianças a escolher alimentos mais saudáveis.

Os pediatras afirmam que uma criança obesa tem, até os dois anos de idade, 50% de chance de se transformar em um adulto obeso, aumentando esta proporção à medida que cresce, sendo que é recomendável que crianças obesas com 6 anos a 18 anos sejam encaminhadas para um tratamento considerado mais intenso para melhorar o peso, com prazo estimado de resultado em até um ano.

É bom ressaltar que o tratamento da obesidade somente deverá ser realizado sob a orientação médica. Após o diagnóstico diferencial, este poderá estabelecer um programa de reeducação alimentar, com a adequação tanto da quantidade como da qualidade dos alimentos ingeridos. É importante lembrar também que, em 99% dos casos, a obesidade infantil não está ligada a disfunções hormonais, como a maioria dos pais pensa, daí a atenção que se deve ter com a alimentação que se oferece à criança. A prática de exercícios físicos, também sob a indicação e supervisão médica, visa aumentar a massa muscular e o gasto de calorias, favorecendo o emagrecimento. O tratamento com medicações, tanto as que auxiliam na diminuição da ingestão de calorias, como as que diminuem a absorção das gorduras no intestino, poderá ser prescrito pelo médico em casos selecionados.

Os especialistas explicam ainda que crianças e adolescentes obesos têm um maior risco de ter diabetes tipo 2, asma, alterações cardiovasculares, hipertensão arterial, alterações das gorduras do sangue, doenças reumatologias e ortopédicas, e doença coronariana, que predispõe ao infarto. Isso sem falar nos problemas de saúde mental e psicológica, como depressão e baixa autoestima, se comparadas com crianças não obesas.

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O bom senso e o amor devem sempre falar mais alto. É necessário cuidar para não imputar a culpa na criança por estar acima do peso, ela deve ser ensinada a alimentar-se corretamente e ficar atento a qualquer alteração de comportamento, identificar se não está descontando o seu lado emocional nos alimentos.

É unânime a opinião que a criança obesa não deve ser tratada sozinha. É preciso levar em conta o lar em que ela vive e o comportamento dos pais, sendo que o apoio destes é fundamental para o sucesso. Na maioria dos casos, é necessário aplicar a reeducação alimentar a toda família. No final, todos saem ganhando em saúde e mais disposição.

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