A pneumonia não é exclusividade do inverno

Por GB Edições - 03/03/2016

A pneumonia não é exclusividade do inverno

Pneumonia é doença do inverno? Parece que não. O ar condicionado, elemento essencial para se aguentar o calor do verão, tem sido apontado como um dos grandes vilões. Não, não é por causa do ar frio que o equipamento produz, mas porque se não for higienizado corretamente (e isso acontece com frequência), pode abrigar muitos germes, um deles seria a Legionella, que pode provocar a pneumonia. E pnemonia mata, principalmente idosos e crianças..

Vamos entender um pouquinho mais o assunto. Além das bactérias presente nos aparelhos, outros causadores de pneumonias frequentes são o pneumococo Haemophilus influenzae, mais comum em fumantes e portadores de DPOC; a Klebsiella e enterobactérias, presentes nos intestinos.

O grande responsável pelas pneumonias mais graves, bem como pela gripe A-H1N1, é o vírus Influenza. De acordo com especialistas em doenças pulmonares, não existe uma forma totalmente eficaz de se prevenir a pneumonia. Manter bons hábitos como alimentação saudável, atividade física e repouso adequado são fundamentais para um bom equilíbrio do sistema imunológico e contribuem com a prevenção de quaisquer doenças.

A maneira mais adequada para prevenção contra o risco de morte por pneumonia é a vacinação anual contra a gripe, uma vez que uma doença está relacionada à outra. Em idosos, a vacinação reduz cerca 50% a mortalidade por doenças respiratórias quando comparados aos não vacinados. Em portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), bronquite e enfisema pulmonar, a redução chega a 70%, é o que afirmam os especialistas.

As pneumonias são infecções que têm origem em bactérias ou vírus que penetram no interior dos pulmões devido a uma falha no sistema de defesa do sistema respiratório. Os casos de transmissão de uma pessoa para outra são raros, diferentemente da gripe.

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Ocupando o ranking de maior causa de internações no Brasil, com aproximadamente 900mil/ano, a pneumonia registra um maior número de internações nos extremos de idade, ou seja, crianças e idosos acima de 60 anos. Eles fazem parte do grupo de maior risco de mortalidade em decorrência da patologia, que está em quarto lugar dos óbitos em todo o território nacional.

Além dos grupos de idades extremas, os portadores de doenças que comprometem o sistema imunológico, como câncer, AIDS, lúpus, insuficiência renal ou diabetes, além dos fumantes, também estão mais expostos ao risco de adquirir a pneumonia. O diagnóstico pode ser confirmado, na maioria dos casos, por meio de radiografia do tórax.

O tratamento da pneumonia emprega o uso de antibióticos específicos, de acordo com o tipo de germe. A terapêutica pode ser domiciliar, com medicações via oral, ou por internação hospitalar, definida de acordo com a gravidade da doença.

É bom saber que existe uma vacina específica contra o pneumococo, de eficácia limitada, e que deve ser administrada somente às pessoas com alto risco de adoecimento por essa bactéria. Ela é direcionada aos idosos, diabéticos, usuários de álcool, portadores de doença renal, pulmonar ou doença cardíaca crônica, entre outros.

Em repetidos episódios de pneumonia é necessária uma avaliação médica criteriosa, verificando se existe sinusite crônica, doença do refluxo, deficiência do sistema imunológico, câncer de pulmão ou alterações na estrutura pulmonar como bronquiectasias, que são dilatações permanentes dos brônquios.

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