O inimigo público número um

Por GB Edições - 22/07/2015

O inimigo público número um

Os roedores são presença marcante nos centros urbanos. Eles constituem uma verdadeira praga procriando rapidamente; formam verdadeiras colônias nos esgotos, terrenos baldios, construções e até mesmo em algumas residências. Pode-se dizer que são de difícil combate, pois não podem ser eliminados com um simples inseticida e nem é preciso entrar em muitos detalhes para explicar o quão perigosos para os humanos e animais domésticos são os venenos destinados a matar ratos.

O pior é que, além da repugnância e do medo causado em algumas pessoas, os ratos são vetores mecânicos de doenças, carregando com eles uma grande carga de micróbios e bactérias, adquiridos nos ambientes poluídos por onde transitam. Desta forma, não seria exagero afirmar que os ratos são focos ambulantes de doenças.

Uma das doenças mais preocupantes, principalmente nas épocas de chuvas, é a leptospirose. A coisa funciona assim: ao urinar, os ratos eliminam a leptospira, bactéria causadora da leptospirose. Com as enchentes, as águas contaminadas por esta bactéria transbordam por ruas e vias públicas, podendo invadir casas e, às vezes, bairros inteiros.  As autoridades sanitárias explicam que as pessoas que podem ser contaminadas são aquelas que, geralmente, são expostas a estas águas por um período prolongado.

De acordo com especialistas no assunto, a leptospirose é uma doença sistêmica aguda, que acomete humanos e animais, com ocorrência durante o ano todo. Seu quadro clínico varia desde infecção assintomática até quadros graves que levam o paciente a morte.

Para minimizar o risco de contaminação é necessário que todos adotem medidas cotidianas para reduzir a presença de roedores e, com isso, os índices de infecção. Os roedores se proliferam rapidamente, seu controle deve ser constante, por isso, além da manutenção das condições de higiene, deve-se prestar muita atenção na questão do lixo. As lixeiras devem ser devidamente tapadas e os alimentos descartados por restaurantes, por exemplo, devem ser retirados diariamente ou acondicionados em câmaras frias, assim como os locais de armazenamento do lixo devem ser azulejados permitindo uma fácil higienização.

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Outro fator importante são os programas de controle de roedores, que educam e orientam a população no combate a esta praga. A guerra contra os ratos é uma ação que deve começar dentro de cada residência.

Os principais sintomas da leptospirose são febre, dores musculares (principalmente nas panturrilhas), vômitos, calafrios, diminuição do volume urinário, vermelhidão dos olhos e icterícia, podem ocorrer sinais e sintomas de processo infeccioso inespecífico, com antecedentes de risco, tais como contato com água, lama de enchentes ou mesmo o contato direto com urina de roedores.

Segundo as recomendações, com o aparecimento dos primeiros sintomas e o histórico recente de exposição prolongada a situações de risco, como enchentes, deve-se imediatamente procurar o serviço médico e realizar os exames apropriados, pois quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais efetivo será o tratamento.

Tem que ser dito que existe uma prática popular de criar gatos em galpões, armazéns e mesmo em residências para que os felinos eliminem os ratos através da sua ingestão. Trata-se de um método perigoso e cruel para com os bichanos que também se contaminam e morrem.

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