O ronco tem cura

Por GB Edições - 25/08/2014

O ronco tem curaNada pior do que dormir ao lado de alguém que ronca. Decididamente, ninguém merece. É preciso elucidar que isto é uma doença que atinge cerca de 40% da população e chama-se apneia do sono. As pessoas que sofrem disso apresentam sintomas simples, como falta de concentração e irritabilidade, pois dormem mal, mas também podem até morrer por infarto ou derrame cerebral. A boa notícia é que a maioria dos casos pode ser resolvida com uma consulta ao dentista.

Os especialistas neste assunto explicam que o cirurgião-dentista está habilitado a confeccionar, ajustar e manter aparelhos intra orais com a finalidade de diminuir o ronco e a apneia até o desaparecimento de todos os sintomas. À medida que o paciente utiliza o aparelho intra oral noturno, ele obtém uma melhora significativa, que devolve o bom sono e proporciona uma maior qualidade de vida. O uso dos aparelhos substituiu com eficácia os métodos invasivos, como a correção por cirurgia otorrinolaringológica muito realizada na década de 1990.

Durante a consulta, o dentista identifica o problema e encaminha o paciente para exames específicos que são realizados por médicos especialistas do sono. Sempre é recomendado o trabalho multiprofissional considerando que os médicos contribuem para o melhor diagnóstico obtido por meio de exames em laboratórios que simulam dormitórios para o monitoramento do sono durante toda uma noite. A partir do diagnóstico preciso, o paciente retorna aos cuidados do cirurgião-dentista capacitado para a confecção do aparelho intraoral de uso noturno e para o acompanhamento e ajustes necessários, sendo que o ronco alto e incomodativo é solucionado do mesmo modo.

Os homens de meia idade e com sobrepeso são mais propensos ao problema – o número de casos entre indivíduos do sexo masculino com mais de 35 anos é duas vezes maior do que em mulheres. O ronco, a sonolência excessiva diurna e a presença de pausas respiratórias durante o sono são os sinais e sintomas mais comuns relatados pelos pacientes que apresentam apneia, dizem os especialistas.

Nem as crianças estão livres do problema. Na infância, os dentistas podem prevenir ou diminuir o agravamento da apneia, fazendo a expansão dos ossos da maxila, melhorando a postura mandibular ou indicando o tratamento da respiração bucal e de problemas nasais por otorrinolaringologistas, não permitindo que os pequenos respirem pela boca.

O quadro apneico faz com que as crianças durmam mal, gerando uma hiperatividade na escola e quando não há um diagnóstico preciso, com análise desses sintomas, o problema na infância muitas vezes é confundido ou relacionado ao déficit de atenção.

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A interrupção do sono por conta das apneias deixa o paciente esgotado fisicamente. A sonolência diurna excessiva é um dos sinais mais claros do problema. Mesmo quando é restabelecido o circuito de circulação do ar e a pessoa volta a adormecer, a qualidade do sono já foi comprometida, o que impede o descanso pleno.

Como as interrupções no fluxo de ar ocorrem diversas vezes com a pessoa que sofre de apneia, isso impede que ele entre na fase do sono mais profundo (o momento necessário que o corpo precisa para descansar e reabastecer as energias).

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