Empresário utiliza “canoa†para chamar atenção dos responsáveis. Assunto rendeu comentários até nas redes sociais como “Facebookâ€

Um assunto que deu o maior comentário nas redes sociais como, por exemplo, “Facebookâ€, foi o alagamento na Rua Nereu Ramos, em Itaiópolis. O mais curioso, ao observar as fotos postadas pelo autor Sandro Vinci, 23 anos, foi à utilização de um pequeno barco (canoa) em plena via urbana revestida de paralelepÃpedo.
Numa tentativa desesperada de chamar a atenção de vizinhos e das autoridades da Prefeitura o rapaz usou a canoa, simulando navegação, para satirizar o problema. Tudo isso aconteceu depois de uma forte chuva, que caiu na última quarta-feira por volta das 17h 30. O temporal durou apenas 15 minutos, mas tempo suficiente para mostrar os estragos que a força da água é capaz de fazer. A grande preocupação do empresário é caso a chuva se estenda por mais de uma hora e a água invada a recepção do Hotel.
Segundo o filho dos proprietários do Hotel Vinci, localizado numa das Avenidas mais importantes e centrais da cidade, a água represada chegou a atingir 50 centÃmetros. Na última terça, o temporal não foi intenso, mas segundo Sandro já houve principio de alagamento.

A famÃlia Vinci é proprietária e administra o Hotel há três anos. Depois de cessada a chuva a água empossada leva cerca de 10 minutos para sumir num único bueiro. “Tivemos que fazer uma mureta de contenção, com altura de dois tijolos para a água não invadir a recepção do Hotelâ€, disse Sandro.
Até então, quando ocorria temporais, a água invadia a garagem do Hotel, mas hoje a famÃlia utiliza tábuas de madeira para conter a água e evitar prejuÃzos. Um muro nos fundos do Hotel foi destruÃdo pela força da água. A famÃlia disse que o prejuÃzo foi de R$ 3 mil. “Tivemos que refazer o muro, mas desta vez utilizamos mais estrutura para reforçar a obra. Mesmo assim, o novo muro já está com rachaduras. O investimento foi de R$ 6 milâ€, comentou o jovem Vinci.
Sandro atribui o problema ao entupimento da rede pluvial e a obstrução das bocas de lobo pela vizinhança. A reclamação dos moradores é de que as bocas de lobo exalam mau cheiro em dias de calor. Por isso são tapadas com concreto, mas em dias de chuva ocorrem os alagamentos. O problema existe há meses. Com o fechamento de duas bocas de lobo a água da chuva se acumula em frente ao Hotel.
“Quando chove bastante ninguém entra ou saiâ€, disse.
Segundo moradores, problema semelhante aconteceu na Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Banco Sicoob. A água da chuva também ficou estancada, causando principio de alagamento. Várias bocas de lobo da zona urbana exalam cheiro fétido, devido ao despejo de esgoto de origem doméstica. A solução improvisada por moradores e tapar com massa de concreto, para driblar o fedor.
Como as vias são de concessão pública, moradores esperam providências do Executivo no sentido de desobstruir as bocas de lobo, independente da opinião contrária de quem tapou. A Prefeitura deveria intensificar a fiscalização no tocante ao despejo de esgotos de privada na rede pluvial, que serve exclusivamente para aparar a água da chuva.
