“Areião†bonito, mas esquecido

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 18/02/2012 - 12h50

Localizado no bairro Bom Jesus, com casas bem zeladas e moradores pacatos, o “Areiãoâ€, assim denominado, é um vilarejo bem próximo do centro Urbano de Itaiópois.

Uma das principais vias que corta o bairro, a Irassú Busmann, está abandonada, sem cascalho e com centenas de buracos e valas. Os moradores já não sabem o que fazer, ou melhor, a quem recorrer para que a vila receba atenção mínima necessária.

Em dias de calor e sol os problemas de infraestrutura não são aparentes. Mas, basta chover que as ruas se transformam. É assim que surge o tormento dos moradores, que reclamam da falta de tubulação pluvial para absorver as águas desprezadas de origem domestica.

A água da chuva transborda sobre o leito da via e se mistura com sujeira, um pouco de lixo e esgoto residencial. Moradores reclamam, pois tem dificuldade até para sair de carro de dentro da própria casa. A água da chuva e do esgoto empoça na rua em frente à casa de Emerson Marcon, 37 anos. Ele enfrenta o problema há três anos e até hoje não teve solução.

Marta Gregolin, 33 anos, mora na residência de número 309, na Rua Irassú, há sete meses. “Já morei em outros municípios e nunca vi tanto descaso na manutenção de Ruas e falta de esgoto sanitário como aquiâ€, disse a mulher.

Os moradores argumentam que pagam o IPTU em dia e que esperam, no mínimo, uma solução para os problemas, com patrolamento, encascalhamento e tubulação pluvial. Emerson Marcon disse que já comunicou o problema ao prefeito, ao presidente da Câmara de Vereadores, e a uma vereadora, mas nenhuma providencia foi até então tomada.

“O prefeito falou que resolveria o nosso problema e a última pessoa que pedi ajuda me mandou comprar seis manilhasâ€, disse o morador se referindo a sugestão oferecida pelo diretor da Câmara, Francisco Adolfo Pinotti.

As águas de tanque de lavar roupas e da pia são desprezadas na Rua. Com a falta de tubulação acaba empossando em vários pontos da Rua, causando mau cheiro e desconforto as famílias. “Ninguém agüenta mais o fedor do esgoto e temos que fechar as janelas em dias de calor, para não sufocar com o cheiroâ€, dizem os moradores.

Alois Bilescki, 70 anos, mora há 18 na Rua Irassú e conta que a via sempre foi esquecida. Para amenizar a situação dos motoristas, que driblam os buracos, seu Alois teve apoio de um amigo e usando um carinho de mão efetuaram uma pequena operação tapa-buracos. Por alguns dias deu certo, mas a água da chuva já causou mais valas e erosões.

“Comprei um jeep 4×4 para poder sair de casaâ€, brinca Emerson.

A intenção dos moradores, caso a Prefeitura não resolver os problemas é fazer um abaixo-assinado para apresentar para as autoridades. A Rua existe há anos. Os moradores se queixam também de terrenos ociosos, que se transformam em matagal.

Em boa parte da Rua o solo é arenoso. Em frente à casa de Emerson Marcon existe uma rua semi-aberta, mas até hoje não foi concluída. Com a chuva, a água forma uma cascata e por pouco não invade a garagem do morador. “Sempre atolo o meu carro, tentando sair de casaâ€, explica Marcon.

Por telefone, o secretário de obras da Prefeitura Claudinor Krajevski disse que vai fazer o empedramento da via e garantiu o envio de seis caminhões de pedra. Quanto a obras de tubulação na via disse que vai analisar a situação para ver o que precisa e pode ser feito.

 

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