Antes / Depois
A fumicultura no municÃpio de Itaiópolis é, para muitas famÃlias de agricultores, a melhor fonte de renda da economia doméstica. Mesmo sendo combatida duramente por órgãos governamentais e Não Governamentais (ONG’s), a atividade garante a sobrevivência de mais de 2 mil famÃlias. Esse número dá a Itaiópolis a liderança na produção do tabaco no estado catarinense. Mas, o cultivo do tabaco é insalubre, depende de muita mão-de-obra (trabalho artesanal), em todo o ciclo produtivo. Isso acaba levando o produtor a voltar o olhar exclusivamente para a lavoura e as demais atividades da propriedade, até então, acabavam por esquecidas.
Pensando nesses fatores, a Universal Leaf Tabacos (ULT), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaiópolis, Fetaesc e Epagri estão desenvolvendo há cerca de três meses no municÃpio o programa “Produtor 10â€. O objetivo do trabalho é instigar o produtor a se organizar e tornar-se auto-suficiente dentro da própria propriedade. A Gazeta de Itaiópolis acompanhou na última terça-feira (28), o coordenador do programa em Itaiópolis, Everton Marafon, numa visita a dois dos 25 produtores, que se propuseram a enfrentar o desafio e mudar a propriedade, dentro do programa Produtor 10.
O primeiro agricultor a ser visitado foi Edson Antônio Glovascki (48), conhecido como “Santoâ€, que cultiva tabaco há 20 anos e vive na localidade de Distrito de Itaió, as margens da rodovia SC-419. Ao adentrar na propriedade já deu para observar a guinada que ocorreu. As cercas receberam pintura e o chão batido do galpão que armazena o fumo foi revestido com piso em concreto. As estufas e o paiol também foram reformados e receberam pinturas. O acesso da casa da famÃlia para o paiol ganhou duas escadas em concreto, que até então não existiam. O jardim está florido e a horta organizada e cultivada. “Fizemos economia e investimos para melhorar o nosso ambiente de trabalhoâ€, disse a esposa de Edson, dona Sirlene Glovascki, 41 anos.
O agricultor disse que o programa Produtor 10 foi à mola propulsora para que houvesse, efetivamente, algumas melhorias na propriedade. Quem visitou a propriedade há três meses e retornou hoje não a reconhece mais. Os implementos agrÃcolas estão limpos e alojados em lugares especÃficos. As ferramentas do dia-a-dia e os materiais inservÃveis ganharam local próprio, e não ficam mais espalhados pelo pátio da propriedade. A sensação de organização e limpeza torna o ambiente aconchegante.
Por outro lado, a famÃlia explica que a mão-de-obra na produção do tabaco está escassa e que é necessário o investimento em novas tecnologias de produção. Segundo “Santoâ€, o que motiva a famÃlia a permanecer na produção do tabaco é a boa lucratividade e a exigência de pouca área de terra para o cultivo. Segundo o produtor, os lucros que a famÃlia obtém são convertidos na aquisição de implementos agrÃcolas, na reforma da casa da famÃlia e até na troca de carro. “Vou investir ainda mais em melhorias na minha propriedadeâ€, disse “Santoâ€, orgulhoso em avaliar os resultados. O agricultor comentou sobre o processo produtivo do tabaco na propriedade, desde o plantio até a cura (secagem das folhas).
A famÃlia disse que a ULT incentiva as boas práticas na produção, além de fomentar a aquisição de equipamentos como, por exemplo, os grampos utilizados para prender as folhas, no caso da famÃlia Glovascki. Mas, no entanto, boa parte das melhorias que houve na propriedade foi com recursos próprios e pagamentos a vista. A atitude justifica a boa gestão financeira na propriedade dos “Glovasckiâ€, que ingressam na auto-suficiência economia e sustentável. “O melhor é usar dinheiro próprio do que depender de financiamentosâ€, disse “Santoâ€.
O segundo destino do dia foi à visita a propriedade de Luis Kasinski (30), na localidade de Rio Vermelho. Ao chegar à propriedade a casa estava vazia. A famÃlia aproveitava a umidade da terra para iniciar o plantio das mudas do tabaco. Usando bonés da ULT Luis e sua esposa, dona Judite (40), estava na lavoura e com ajuda de mais alguns empregados já tinham plantado mais de 25 mil pés de fumo, no sistema plantio direto (palha de aveia dissecada, que mantém a umidade da terra).
De bom humor, Luis explica que o programa Produtor 10 tem contribuÃdo com idéias para que a propriedade seja organizada, e, conseqüentemente, melhorada. “Já estou providenciado mão-de-obra e materiais, pois pretendo reformar o paiolâ€, disse o agricultor. Segundo o casal, ainda tem muito a ser feito na propriedade, mas os galpões e as estufas já receberam pintura nova. Aos poucos a propriedade vai sendo organizada. Luis cultiva tabaco há sete anos.
A área plantada para a safra 2010/2011 é de 6,5 hectares. O agricultor possui duas estufas modelo “LL†e uma convencional. “Ainda tenho muita coisa para mudar e a organização na propriedade é fundamental. Aos poucos vou melhorando a minha propriedadeâ€, explica o agricultor. O orientador Everton Marafon da ULT comentou que no inicio houve resistência de alguns produtores para fazerem as mudanças e a organização da propriedade, mas aos poucos o resultado do trabalho está aparecendo. A qualidade do produto dessas propriedades será muito melhor.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaiópolis Acir Veiga disse que a meta do movimento sindical é criar sustentabilidade econômica, social e ambiental no meio rural para trazer melhores condições de vida na famÃlia e evitar o êxodo rural.
OLA. SOU RAFAEL RESIDO NO RS FICO CONTENTE EM SABER QUE O PLANTIO DIRETO NA CULTURA DO TABACO ESTA SE CONSOLIDANDO NO ESTADO DE SC ISSO CERTAMENTE SERà UMA CHAVE PARA ENFRENTAR UM DOS PRINCIPAIS POBLEMAS DA FUMICULTURA BRASILEIRA QUE É A MÃO DE OBRA, JUNTAMENTE COM ESTE PROCESSO VEM OUTROS BENEFICIOS COMO CONSERVAÇÃO DE SOLO E MUITO MAIS, ESTE É O CAMINHO!!!!