Em comemoração ao centenário do contestado, as instituições que fazem parte do projeto: Contestado – Desvendando os 100 anos da Guerra lançaram um concurso para que os alunos, por meio de poesias, expressassem “o maior conflito social brasileiro, que banhou de sangue o chão da região contestada e deixou um saldo de, aproximadamente, 8 mil brasileiros mortosâ€. Os alunos Giovane, Sandra e Pâmela da 8ª série sob, a orientação das professoras Graziela Stocco e Etajana Marquetti Stopa, participaram do concurso com três poesias, as quais foram escolhidas para fazer parte do livro “Centenário do Contestado: Poesias, Memórias e Cançõesâ€.
No dia 07 de novembro, em Cerimônia de Premiação, nas dependências da UnC – Mafra, os alunos foram contemplados com medalhas, diplomas e exemplares do livro. A escola também recebeu 5 livros para ficarem disponÃveis na biblioteca para que todos possam admirar as belas poesias:
O trem do Contestado I
Cem anos atrás,
Nas terras do Contestado,
O governo brasileiro construiu a ferrovia
Para trazer o progresso ao Estado
Eles queriam a ferrovia
Para os soldados transportar
Pois uma guerra entre o Brasil e a Argentina
Estava para começar
Como eles não tinham dinheiro
Para a ferrovia pagar
Resolveram dar a mata
Para os americanos derrubar.
O caboclo, revoltado, fez a guerra começar
A guerra chegou
Muitos mortos deixou
E ao caboclo, o que restou?
(Giovane Alves – 8ª II)
O trem do Contestado II
Trens vão e voltam
Todos os dias carregados
Com a madeira nativa
Da terra do Contestado
Os caboclos revoltados
Com tamanha devastação
Viam a ferrovia
Destruir as terras do seu chão
Os trilhos que ali ficavam
Os soldados transportavam
Caboclos revoltados que
Na fé acreditavam
A guerra começou
Junto com ela tristeza e clamor
O progresso que chegou
Compensou tanta dor?
(Pamela Martendal Taisque 8ª II)
Ferrovia do Contestado
Aconteceu uma guerra
Cem anos atrás
Em um lugar com
Disputas territoriais
Santa Catarina e Paraná
Querendo se expandir
E a estrada de ferro permitindo
A região progredir
E expulsaram os caboclos
Tiraram a terra de seus pés
Os caboclos revoltados
Optaram pela fé
O governo permitiu a devastação
Seus trilhos destruÃram a mata da região
Favoreciam o imperialismo
Esquecendo e expulsando os nativos.
(Sandra Mara Mildemberger – 8ª II)


