Direção da Maternidade Catarina Kuss esclarece mudanças no atendimento

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 12/07/2014 - 11h40

A reportagem da Gazeta entrevistou nesta terça-feira o diretor da Maternidade Catarina Kuss, Luiz Mann, que falou sobre a mudança nos atendimentos.

Segundo Luiz, a determinação oficial da Secretaria de Estado da Saúde vem desde o dia 27 de maio deste ano, com relação às internações e atendimentos particulares que agora estão proibidos.

O Estado seguiu uma determinação do Ministério Público da capital, onde os leitos de internação em Hospitais Públicos devem ser somente ocupados por pacientes do SUS, sendo proibida qualquer movimentação financeira na instituição.

Cabe lembrar que os atendimentos feitos através de convênios estão mantidos normalmente até a vigência do contrato com o Estado. O Governo do Estado poderá manter ou não o contrato com os convênios, que poderão ser aditivados, mas até que isso seja feito, os atendimentos por convênios estão mantidos.

Nossa reportagem soube de casos de algumas pacientes que entraram com mandado de segurança e conseguiram o atendimento com o médico de sua preferência, por força da liminar, nestes casos a Maternidade de Mafra realizou o atendimento normalmente, com o médico escolhido pela paciente e sem custo, porém somente estes casos.

Da mesma forma os médicos, soubemos que alguns médicos, por entenderem que estão tendo cerceamento do exercício da profissão, entrariam com uma ação para garantir o atendimento de seus pacientes. Segundo o diretor da Maternidade, se houver uma determinação judicial será atendida e respeitada, mesmo que seja somente para um caso, ou coletivamente.

Questionado sobre o aumento no número de leitos com a recente aquisição do Estado de um terreno para ampliação da Maternidade, e se estariam faltando leitos para atendimento dos SUS em detrimento dos particulares, Luiz Mann respondeu que o SUS nunca ocupou mais do que 50% dos leitos da Maternidade e os atendimentos via Sistema Único de Saúde nunca foram preteridos em favor dos conveniados ou particulares.

O montante de atendimentos particulares gera em torno de 8 a 10% do faturamento mensal da Maternidade, a receita que entrava destes atendimentos, segundo Luiz, nunca ficaram para a Maternidade e sim, todos os dias eram repassados ao Fundo Estadual da Saúde, e da mesma forma a receita dos convênios, era remetida diretamente à Secretaria de Estado da Saúde. Ele salientou que atualmente nem um doa 14 Hospitais Públicos do Estado realiza atendimentos particulares, até maio a Maternidade de Mafra era a única que atendia particular.

Foi destacado pelo diretor da Maternidade Catarina Kuss que nunca houve distinção no atendimento de pacientes particulares, conveniados ou via SUS.

Questionado sobre o fato de que esta determinação possa ser revertida mediante mudanças no cenário político estadual, Luiz Mann disse achar difícil, visto que houve uma decisão do Ministério Público da capital, então só poderá ser revertida, se houver um novo entendimento entre o MP, a Procuradoria do Estado e a Secretaria, o que é pouco provável.

- Publicidade -

ENVIE UM COMENTÁRIO

IMPORTANTE: O Click Riomafra não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários publicados pelos seus usuários. Todos os comentários que estão de acordo com a política de privacidade do site são publicados após uma moderação.