A partir do de 01 (quarta-feira) de julho, o Hospital São Vicente de Paulo – HSPV não mais atenderá pacientes da pediatria, conforme correspondência enviado a Secretaria de Estado da Saúde no dia 07 de maio, indicando que os atendimentos sejam realizados pela Maternidade Dona Catarina Kuss – MDCK.
Na correspondência a direção do Hospital, informa que a decisão foi tomada em reunião de diretoria e do conselho fiscal no dia 04 de maio por motivos anteriormente expostos ao secretário Estadual da Saúde, João Paulo Kleinübing, e ao secretário adjunto da secretária, dr. Murilo Capella, durante visita ao Hospital no mês de fevereiro.
A direção do HSVP aponta a dificuldade de fechar escala de sobre aviso de médicos pediatras, devido a maioria estarem lotados na MDCK com escalas de plantão e sobreaviso. Cita ainda não ter como justificar reformas necessárias na área destinada a internação pediátrica, devido ao pequeno número de internações. Destaca a necessidade de priorizar os atendimentos de média e alta complexidade de adultos nas especialidades de cardiologia, neurocirurgia e traumato/ortopedia, visando a obtenção de recursos para investimentos como para o custeio para estes serviços.
Para os diretores do Hospital São Vicente de Paulo a Maternidade Dona Catarina Kuss pode absorver os atendimentos de pediatria, pois a Maternidade estadual possuí toda a estrutura de recursos humanos, instalações e materiais para prestar os serviços de atendimentos de urgência/emergência, bem como as internações pediátricas. E, informa ainda, que como retribuição a Secretaria Estadual da Saúde, em absorver os atendimentos clínicos de pediatria através da MDCK, o Hospital continuará fornecendo sangue e hemoderivados fornecidos pelo Hemocentro de Santa Catarina – HEMOSC, e reservando dois leito de UTI Adultos dentro da Rede Cegonha, além de continuar disponibilizando exames de tomografia, ressonância magnética e no atendimento cirúrgico de média complexidade ao pacientes pediátricos.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com a direção do HSVP na pessoa do administrador Dario Clair Stackzuk para maiores esclarecimentos mais até o fechamento de edição não nos retornou as ligações, ou agendamento para entrevista.
O QUE DIZ A MATERNIDADE CATARINA KUSS
A direção da Maternidade Dona Catarina Kuss, disse que de imediato não tem como absorver os atendimentos pediátricos e que para poder prestar estes serviços é necessário a ampliação da estrutura do espaço físico da Maternidade. Informou ainda que foi aprovado no último dia 22 (sexta-feira) e será incluso no Plano Plurianual de Aplicações – PPA Quadriênio 2016 a 2019, a transformação da Maternidade em Hospital Materno Infantil, com a ampliação do prédio, em imóvel já adquirido possibilitando assim o atendimento de ambulatório obstétrico de alto risco, atendimento de urgência com ala de internamento, ambulatório e UTI pediátrica.
Procuramos Tailine Ribas, gerente da Gerência Regional da Saúde 25ª Região, da qual Mafra pertence, para maiores informações, mas fomos informados que a gerente está em curso fora da cidade.
CLÁUSULA CONTRATUAL
Um jogo de “empurra empurra” deverá acontecer entre o HSPV e a Secretaria de Estado da Saúde já que o atendimento pediátrico realizado pelo Hospital é realizado através de um convênio com a Secretaria de Estado da Saúde firmado através de um Termo de Pactuação, com cláusulas estipulando o que compete a cada parte. Uma espécie de contrato, que não pode ser quebrado unilateralmente e qualquer alteração ou sua rescisão obrigatoriamente deve passar por um comitê gestor.
A Gazeta de Riomafra teve acesso a uma parte deste termo, onde na sua cláusula quinta diz: “Este Termo de Pactuação, poderá, a qualquer tempo, ser alterado, desde que devidamente motivado e sem modificar seu objetivo original, devendo a solicitação ser encaminhada ao Comitê Gestor Macrorregional e Atenção às Urgências e Emergências – Planalto Norte e Nordeste e aprovada nas Comissões Intergestoras Regionais – CIR´s. Após aprovação da alteração, deverá ser enviada a Diretoria de Planejamento e Controle e Avaliação da SES para a devida alteração do Termo”.
Além disto tem a situação da Maternidade Dona Catarina Kuss em prestar este tipo de atendimento visto que atualmente não há espaço físico e nem recursos humanos para tal serviço.
Toda comunidade riomafrense contribui há anos via conta de energia elétrica com o HSVP e é assim que ele retribui?
Que diretoria mais mesquinha!
Cadê o princípio da caridade. Ao menos da reciprocidade com a comunidade que tanto lhe ajuda.
Francamente.
Vou fazer o mesmo!!!
Se não querem ajudar não tem pq eu ajudar… vou cancelar minha contribuição na conta de luz q pago todo mês ao hospital
Isto mesmo concordo contigo.