A sexta-feira amanheceu com a notícia de um atentado terrorista, onde a cabeça de homem foi presa a uma grade, envolto em palavras árabes. Um carro fora jogado contra uma fábrica de gás,e ao que tudo indica, os responsáveis são integrantes estado islâmico. Depois do atentado ao Charlie Ebdo, a França volta a ser vítima. A explicação desta “preferência” é justamente ser o país europeu que mais possui comunidades muçulmanas, facilitando o acolhimento e a permanência incógnita de terroristas infiltrados. Também o fato da cultura francesa não admitir a imposição ostensiva de crenças sobre o restante da população. Foi o que aconteceu com a proibição de duas versões de véu islâmico (a burca e o niqab) em ruas, transportes coletivos, bancos, escolas, agências de correio e hospitais. O plano de fundo que se tem que vislumbrar nesta cena é conceito por trás dos ataques terroristas: a vontade de sobrepujar a liberdade de pensamento, de proibir que todos se expressem, a vontade de impor uma verdade absoluta sobre consciência de cada um. Vêm da França princípio caros a toda a humanidade civilizada. É o amálgama de séculos de revoluções no coração da Europa. O ataque à França é um ataque ao mundo civilizado. E esta guerra está mais próxima do Brasil do que se imagina.