Assinado protocolo do preço de tabaco nesta semana

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 05/02/2011 - 00h31

Em Santa cruz do Sul RS, indústrias fumageiras e representação dos produtores após longos debates acabam assinando protocolo de negociação da safra de tabaco

Com o término das reuniões com as fumageiras na manhã desta última terça-feira, e o recebimento das respostas das empresas que haviam sido recebidas em 31 de janeiro, encerra-se a negociação de preços para o tabaco da safra 2010/2011. A negativa de duas indústrias em aceitar o reajuste de 10% sobre a tabela da safra 2008/2009, última em que houve acordo, oferecido pelos representantes dos fumicultores, acarreta na impossibilidade de adoção de uma tabela única de preços. Assinaram o protocolo a Souza Cruz, Philip Morris, JTI Kannenberg, CTA, Premium, ATC, Marasca e Intab, valorizando o sistema integrado e o produtor.

No entanto, as entidades de representação consideram que houve um grande avanço e caracterizam a situação como se tivesse tabela única e que a empresa Universal Leaf e Alliance One, que não aceitaram o acordo, estarão descumprindo com o que foi acertado com a maioria das empresas. “É lamentável que os dirigentes dessas indústrias não entenderam a atitude das entidades de querer fortalecer todo o setor fumageiro”, frisa a comissão representativa dos fumicultores.

A Comissão dos representantes dos produtores de tabaco é composta pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações dos Trabalhadores na Agricultura nos estados do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), de Santa Catarina (Fetaesc) e do Paraná (Fetaep) e Federações da Agricultura nos Estados do Rio Grande do Sul (Farsul), de Santa Catarina (Faesc) e do Paraná (Faep). As reuniões ocorreram na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul/RS.

Aumento de produção pode significar menos dinheiro para o produtor

Participou das negociações o presidente do STR de Itaiópolis Acir Veiga que também é membro da comissão estadual da fumicultura coordenada pela Fetaesc (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina). Ele disse à reportagem da Gazeta de Itaiópolis, que esta safra foi a mais difícil de ser negociada nos últimos oito anos. Existe uma sobra de 140.000 toneladas da safra passada, o Brasil está produzindo uma super safra este ano com exceção do planalto norte catarinense, que tem uma quebra de 30%, o que não significa muito no geral da produção prevista de 750.000 toneladas.

Se o mercado brasileiro é para 600 mil toneladas/ano com certeza vamos enfrentar dificuldades de comercialização. As estimativas podem não estar corretas, pois existe muito tabaco cultivado sem registro com as empresas e muito menos na Afubra. Pela nossa pesquisa de campo em SC, os produtores cadastrados plantaram 9% a mais além do registrado nas companhias. “Está na hora de reduzir a produção, ou trabalharemos de graça”, disse Veiga. Com base nos custos de produção, onde os insumos baixaram até 22%, este reajuste é significativo. Mas o problema de agora em diante é a classificação.

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