Mulher reclama de moradores de áreas invadidas no bairro Lucena

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 20/08/2011 - 09h09

Maria Zélia, que mora com a filha de 20 anos, reclama do lixo residencial, que é jogado pelas famílias em seu quintal. Isso sem contar numa armadilha (arapuca), que foi construída para apanhar galinhas em baixo de um pé de tangeria, no quintal da servidora pública

A falta de respeito à divisa de terreno alheio tem sido motivo de discussão entre moradores do bairro Lucena. A servidora pública Maria Zélia Piaskowski, 58, que mora a 11 anos na Rua Serafim Furtado de Mello, número 306, reclama que vizinhos que vivem em casebres aos fundos de seu terreno estão jogando lixo, defecando, atirando pedras e até armando emboscada (arapucas) para capturar pássaros e galinhas em seu terreno.

Segundo Zélia, o problema das divergências com os vizinhos surgiu há dois anos, com a invasão de imóveis (lotes) que pertencem ao poder público. Os lotes fazem parte do Conjunto Habitacional Lucena (Cohab) e deveriam ser destinados para a construção de bosques, praças, parques, creches entre outras. Mas, como as terras estavam ociosas, acabaram sendo invadidas por famílias.

Existem no local, que faz divisa com o terreno de Maria Zélia, na parte dos fundos, pelo menos seis moradias irregulares. No entanto, todas possuem energia elétrica e água tratada.

O imóvel, onde foram construídos os casebres, pertencia ao pai de Maria Zélia, que foi um dos primeiros desbravadores e responsáveis pelo crescimento do bairro Lucena. Naquela época, o pai de Zélia havia feito uma permuta de imóveis com a Prefeitura. E hoje, o problema social se agrava a cada dia que passa.

Maria Zélia, que mora com a filha de 20 anos, reclama do lixo residencial, que é jogado pelas famílias em seu quintal. Isso sem contar numa armadilha, que foi construída para apanhar galinhas em baixo de um pé de tangeria, no quintal de Maria Zélia. Provavelmente a travessura foi feita por moleques, que agem pelo instinto infantil, ou pela negligencia dos pais em dar bons exemplos.

A moradora, disse que já cansou de procurar autoridades na Prefeitura, para que resolvam o problema. Maria Zélia disse que freqüentemente tem de trocar telhas, pois a casa é alvo de apedrejamento por moleques. A servidora pública desabafou dizendo que seu terreno é, literalmente, invadido pela vizinhança, na sua ausência enquanto sai trabalhar para ganhar o sustento. “Tem algumas crianças e adolescentes que entram no meu quintal e roubam as frutas, além de ‘defecarem’ no terreno”, disse Maria Zélia.

A moradora pede a Prefeitura para que construa, ao menos, uma muralha no fundo de seu imóvel para amenizar o problema.

A Gazeta de Itaiópolis procurou o secretário de Desenvolvimento Social do Município Julmar Zerger, que reconhece a irregularidade na construção das casas em áreas conhecidas como área verde. Segundo Zerger, são pelo menos oito moradias, edificadas em imóveis invadidos.

Segundo o secretário, as famílias residiam no interior do município e acabaram invadindo as áreas. Ainda, conforme Zerger eram apenas duas moradias irregulares, mas o número foi aumentando. O secretário disse que a Prefeitura já comunicou o Ministério Público da Comarca, sobre a situação. Julmar explicou que orienta freqüentemente as famílias para que não joguem lixo e mantenham a limpeza nas áreas. Disse também que a Prefeitura pode desapropriar os moradores, mas que precisa de local adequado para acomodar as famílias e que projetos de tamanha envergadura dependem também de verbas do Governo Federal.

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