
Presidente do STR de Itaiópolis participou da 2ª negociação de preço do tabaco, na cidade de Santa Cruz do Sul – RS
A Comissão dos Produtores de Tabaco reuniu-se na última terça-feira, 17 de janeiro, com quatro indústrias fumageiras para receber as propostas para o reajuste do preço do tabaco da safra 2011/2012. Após as reuniões, nas sedes das fumageiras, o maior percentual ofertado foi de 4,8%, condicionado à assinatura do protocolo. A Comissão entendeu que a proposta está muito distante do Ãndice de 9.8% solicitado pelas entidades, o que não possibilita a negociação. Segundo os membros da Comissão, assinar o protocolo com este Ãndice não vai ao encontro dos interesses dos produtores. Uma nova reunião está sendo marcada para o dia 27 de janeiro, em Porto Alegre.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaiópolis (STR), participou da reunião com as fumageiras, disse a Gazeta de Itaiópolis que dos 14 itens da pauta de negociação, apenas o Ãndice de preço é que está em pendência. “Esperamos até o final do mês de janeiro, acertar o Ãndice de reajuste e o que os produtores esperam é uma tabela única de preços para ser praticada por todas as fumageirasâ€, explicou.
Quanto à classificação, o que está se percebendo nesse inicio de comercialização é que as empresas estão pagando bem acima do que foi praticado na safra passada. Isso é importante para o produtor, completou o sindicalista. Na prática, a média de preço pelo tabaco que o produtor deve receber nessa safra é de R$ 6,80 Kg. Isso compensa o custo de produção do tabaco e traz margem de lucro ao produtor.
Empresa paga mais de R$ 6,00 o quilo do “Baixeiroâ€
Para saber a respeito do preço do tabaco e a classificação do produto, a “Gazeta de Itaiópolis†foi, na última quinta-feira, 19 de janeiro, até a propriedade de Geraldo Niedzeslki, 57 anos, na localidade do Distrito de Itaió. O agricultor cultiva tabaco há 20 anos e é integrado da Souza Cruz. Geraldo disse que as dificuldades em produzir são o valor alto da mão-de-obra e o reajuste dos insumos (adubos, agrotóxicos). O produtor está otimista e explicou que já entregou uma parte da produção (1ª colheita “baixeiroâ€) a empresa, que pagou R$ 6,32 / Kg. Para o fumo de meio pé, ou seja, o de melhor qualidade e mais peso, a famÃlia espera receber R$ 8,50 / Kg. “Esperamos que a classificação seja boa e atinja esse valor para compensar o custo de produção e termos lucratividadeâ€, disse uma das filhas. Geraldo trabalha com a mulher e mais três filhos na colheita, e prefere evitar mão-de-obra temporária em decorrência do valor exigido pelo dia de trabalho, que pode chegar a R$ 60,00. Com relação à safra passada, o agricultor disse que a classificação por parte da empresa deixou a desejar, mas o clima também não colaborou em virtude de muita chuva. A média que a famÃlia atingiu para a venda do tabaco foi de R$ 5,80 / Kg. O fumicultor tem 60 mil plantas de tabaco para a safra de 2012. Ele está colhendo a produção e garante que o fumo na lavoura apresenta boa qualidade. A expectativa é de que a empresa ofereça boa classificação e valor justo pelo quilograma do produto.
